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Ativistas climáticos austríacos "Última Geração" acabam com protestos devido a falta de resultados

O grupo Última Geração ficou conhecido pelos protestos disruptivos.
O grupo Última Geração ficou conhecido pelos protestos disruptivos. Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
De  Euronews com EBU
Publicado a Últimas notícias
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Os ativistas climáticos do grupo "Última Geração" (Letzte Generation), da Áustria, vão parar por algum tempo devido à falta de sucesso dos protestos pelo clima.

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O movimento "Última Geração" manifestou-se de muitas formas diferentes ao longo de vários anos, de maneira quase sempre disruptiva, numa tentativa de chamar a atenção dos media e do público.

Entre as ações mais mediáticas estiveram os cortes de estradas, interrupções de eventos de desporto motorizado e desportos de inverno, confrontos com políticos, interrupção de peças de teatro, cimentar carros, perturbação de assembleias de acionistas de empresas de combustíveis fósseis, interrupções de maratonas, e, mais recentemente, protestos em aeroportos.

Agora o grupo anunciou o fim das ações de protesto, pelos menos até encontrar novas formas de se fazer ouvir. O "Última Geração diz que o Governo não está a responder e que a própria sociedade se colocou a favor da utilização de combustíveis fósseis.

"A forma de protesto era absolutamente necessária na altura em que decidimos fazê-lo. Também precisávamos de uma certa quantidade de perturbação quotidiana”, diz Anja Windl, ativista do "Última Geração". “Mas, no fim das contas, o problema do fracasso é mais que poucas pessoas se atreveram, não tiveram coragem para realmente enfrentar pacificamente o Governo”

A ativista Afra Porsche mostra-se tranquila para enfrentar as investigações das autoridades em relação aos protestos que o grupo já realizou. Também acredita que os protestos vão voltar, mas de forma diferente.

"Precisamos abalar as coisas. A resistência civil é legítima e democrática. Vai haver resistência novamente, mas de uma forma diferente.", diz Afra Porsche.

Grupo conseguiu chamar a atenção

O especialista em comunicação Jakob-Moritz Eberl considera que o grupo atingiu pelo menos o objetivo de chamar a atenção.

"O objetivo era gerar atenção e chamar a atenção para o fato de que a situação é desagradável”, diz Jakob-Moritz Eberl. “Há provas científicas de que a importância da crise climática ou das mudanças climáticas são muito maiores após estas ações, mesmo por um curto período de tempo, mas a questão torna-se importante para a sociedade."

O meteorologista Michael Staudinger, do grupo "Cientistas pelo Futuro", defende que os cientistas também têm um papel importante em divulgar estas preocupações.

 "Bem, foi uma tentativa de transmitir uma certa mensagem. Não foi muito bem-sucedida, mas percebemos os jovens que expressaram as suas preocupações à sua maneira”, diz Eberl.  “Agora devemos ver o que acontece a seguir. A ciência deve transmitir estas questões de forma correta”.

O cientista sublinha que a situação é “muito grave”e que os mais prejudicados são os jovens.

“A próxima geração e a geração depois dessa vão ser dez vezes mais afetadas do que a nossa", conclui.

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