O vulcão russo Krasheninnikov lançou cinzas a seis quilómetros do céu, dias depois de um forte terramoto de magnitude 8,8 ter desencadeado um alerta de tsunami no Oceano Pacífico.
Um vulcão há muito adormecido na península russa de Kamchatka, no Extremo Oriente, entrou em erupção durante a noite de domingo, o que os cientistas acreditam ser a primeira vez em 600 anos.
O vulcão Krasheninnikov lançou uma nuvem de cinzas de cerca de seis quilómetros de altura para o céu, de acordo com o pessoal da Reserva Kronotsky. Os vídeos mostram nuvens densas de fumo a sair do vulcão.
"Esta é a primeira erupção historicamente confirmada do vulcão Krasheninnikov em 600 anos", disse Olga Girina, chefe da Equipa de Resposta à Erupção Vulcânica de Kamchatka (KVERT), à agência noticiosa estatal russa RIA Novosti.
Ela confirmou que a última erupção conhecida do vulcão ocorreu em 1463.
Por outro lado, o Programa de Vulcanismo Global da Smithsonian Institution, com sede nos EUA, registou a última erupção do Krasheninnikov como tendo ocorrido há 475 anos, em 1550. O motivo da discrepância não foi imediatamente esclarecido.
No final de domingo, as autoridades disseram que a atividade do vulcão tinha diminuído, mas avisaram que poderia continuar uma "atividade explosiva moderada".
A erupção foi acompanhada por um terramoto de magnitude 7,0 que provocou um alerta de tsunami em três áreas da remota região russa de Kamchatka. O alerta foi posteriormente retirado. Não foram registadas vítimas.
Este acontecimento vem na sequência de um outro sismo ocorrido na passada quarta-feira, quando um forte terramoto de magnitude 8,8 abalou a mesma região e desencadeou um alerta de tsunami no Oceano Pacífico. Um vulcão ativo na zona, o Klyuchevskoy, entrou em erupção algumas horas após o terramoto.