Sem entrar em muitos detalhes, os procuradores belga e francês revelaram esta segunda-feira, numa conferência de imprensa conjunta, em Bruxelas, que
Sem entrar em muitos detalhes, os procuradores belga e francês revelaram esta segunda-feira, numa conferência de imprensa conjunta, em Bruxelas, que prosseguem as buscas de pessoas relacionadas com os ataques de 13 de novembro, em Paris.
As autoridades gaulesas não escondem a vontade de ver Salah Abdeslam, principal suspeito dos atentados detido na semana passada, em solo francês.
“Os juízes de instrução franceses emitiram um mandado de captura que foi divulgado sobre a forma de mandado de captura europeu pela Procuradoria de Paris. Cabe agora à justiça belga, unicamente, pronunciar-se sobre esta questão. Existe uma grande expetativa por parte da justiça francesa e principalmente por parte dos familiares das vítimas de conseguir que Salah Abdeslam se explique perante os juízes franceses”, disse o procurador francês François Molins.
O homólogo belga, Frédéric Van Leeuw, ressalvou que o caso está longe de ter chegado ao fim e deixou antever que ainda há um longo caminho a percorrer na investigação: “Está claro que se Salah Abdeslam decidir dar-nos algumas explicações – assim o espero – isso vai clarificar o dossier e vai permitir-nos, talvez, esclarecer certas zonas cinzentas. Ainda é muito cedo para confirmar o papel de cada um. Temos algumas peças do puzzle e nos últimos tempos muitas peças encaixaram, mas ainda estamos longe de ter o puzzle terminado.”
Os dois procuradores fizeram questão de destacar a cooperação entre França e a Bélgica na luta antiterrorismo.
Do lado belga, desde o início de 2016, o procurador federal confirmou a abertura de quase 60 dossiers relacionados com terrorismo, contra os 315 do ano passado. Em França, o procurador falou em 244 processos em curso.