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Oposição turca queixa-se de pressão sobre emigrantes

Oposição turca queixa-se de pressão sobre emigrantes
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De Isabel Marques da Silva
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Primeiro foi o golpe de Estado falhado, em julho, e agora é o referendo sobre a reforma constitucional que vem agudizando as divisões entre a diáspora turca, nomeadamente na Bélgica. Apesar da alta pa

Primeiro foi o golpe de Estado falhado, em julho, e agora é o referendo sobre a reforma constitucional que vem agudizando as divisões entre a diáspora turca, nomeadamente na Bélgica.

Um apoiante do movimento de Fethullah Gülen, inimigo do Presidente Erdogan, disse à euronews que “fomos atacados por algumas pessoas. Tivemos medo porque alguns edifícios foram vandalizados. Acabámos por ser obrigados a fechar a nossa loja porque fomos alvo do boicote comercial”.

O referendo na Turquia decorre a 16 de abril, mas os emigrantes tiveram de votar nas embaixadas entre 27 de março e 9 de abril.

Kader Sevinç, representante do CHP, principal partido da oposição, referiu que “atualmente, na Turquia, há uma enorme pressão contra a campanha do “Não”. A mesma pressão foi feita sobre os turcos da oposição que vivem no coração da Europa”.

O referendo sobre a reforma constitucional visa transformar a Turquia num sistema presidencialista e foi proposto pelo Partido Justiça e Desenvolvimento, há 14 anos no poder.

Ruhi Açikgoz, representante desse partido em Bruxelas, explicou que “a Turquia avança em paralelo com os valores europeus. As mais recentes reformas na Turquia visam evitar a repetição da situação caótica que se viveu e que poderia ocorrer por causa de haver dois poderes no controlo do Estado. No final das contas, serão as pessoas a decidir como querem ser governadas”.

Entre os 220 mil emigrantes turcos na Bélgica, cerca de 81 mil foram votar. É uma das mais altas taxas de participação da diáspora, que conta com mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo.

Mustafa Kumral, membro da minoria curda, disse que “está a aumentar a divisão entre as pessoas e isso vai, inevitavelmente, criar sérios problemas no futuro”.

Sinal claro disso foi a rixa em frente à embaixada turca, em Bruxelas, três dias após abrirem as urnas, que deixou pelo menos quatro pessoas feridas a golpes de faca e que obrigou a intervenção policial.

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