Bruxelas envia carta com garantias para ajudar a aprovar Brexit
Os líderes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, fizeram um último esforço para acalmar as preocupações dos deputados britânicos sobre o acordo do Brexit.
Numa carta enviada à primeira-ministra britânica, Theresa May, segunda-feira, voltam a reiterar que tudo farão para não recorrer ao mecanismo de salvaguarda ("backstop", em Inglês) que evitaria a reposição da fronteira na ilha da Irlanda (entre a República da Irlanda e o território britânico da Irlanda do Norte).
Idealmente, as partes negociarão um acordo de livre comércio logo que esteja concluído o "divórcio" (saída a 29 de março de 2019) e que tem um período de transição até 31 de dezembro de 2020.
Jean Claude Juncker e Donald Tusk, também, disseram que poderá ser concedida uma extensão desse prazo para a transição, a fim de terminar as negociações da nova parceria, e evitar recorrer ao mecanismo, que de todas as maneiras seria sempre temporário.
A missiva é a resposta a uma carta enviada por Theresa May dando conta de que os receios do Parlamento britânico poderão levar ao chumbo do acordo, cuja votação decorre terça-feira.
Caso o acordo não seja aprovado, poderá haver uma crise política no Reino Unido que leve a eleições antecipadas ou, até mesmo, a um novo referendo.
O Brexit está marcado para 29 de março e os britânicos não deveriam votar nas eleições europeias de maio.