UE não consegue reverter atrasos na vacinação

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Direitos de autor KAMIL KRZACZYNSKI/AFP
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De  Isabel Marques da SilvaMéabh McMahon
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Os eurodeputados estão preocupados com a credibilidade da União Europeia, mas ainda defendem uma abordagem conjunta dos Estados-membros.

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O programa de vacinação contra a Covid-19 na União Europeia sofreu mais um golpe depois da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson ter anunciado, terça-feira, atrasos na entrega dos 200 milhões de doses contratadas.

A vacina deverá ser aprovada pela Agência Europeia dos Medicamentos esta semana, pelo que o Parlamento Europeu ficou chocado com mais esta má notícia.

“Penso que é muito importante que possam ser cumpridos os contratos com as empresas. Vou pressionar a Comissão Europeia para que acompanhe isso, porque o tempo é um fator muito importante. Trata-se da saúde, da vida e da segurança das pessoas”, disse Heléne Fritzon, eurodeputada sueca do centro-esquerda, em entrevista à euronews.

Os eurodeputados estão preocupados com a credibilidade da União Europeia, mas ainda defendem uma abordagem conjunta dos Estados-membros.

"Penso que podemos ter mais sucesso se tivermos um único contrato. Se forem feitos 27 acordos na União Europeia entramos por um caminho muito perigoso. O único caminho a seguir é continuar a cooperar e mostrar solidariedade. E pressionar a Comissão de Europeia, naturalmente. Gostaria de perguntar aos Estados-membros que não confiam neste acordo coletivo se estão ao corrente de que há uma pilha de vacinas escondidas? Onde é que ela está?", disse Heléne Fritzon.

Estratégia para ter 70% da população vacinada

A União Europeia tem estado a usar as vacinas da Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca,a que se juntará a da Johnson&Johnson em breve. Estão em avaliação as vacinas da Curevac, Novavax e Sputnik V.

  • União Europeia vacinou 6,5% da população

  • Reino Unido vacinou 33% da população

  • Israel vacinou 57% da população

A Comissão Europeia pretende ter 70% da população vacinada até ao final do verão. Para tal procura fomentar parcerias entre as farmacêuticas que desenvolveram as vacinas e empresas do setor que possam disponibilizar as suas infraestruturas de produção .

Por outro lado, criou um sistema de controlo de exportações, tendo já sido proibida a exportação de um lote da britânica AstraZeneca para a Austrália.

"Temos de nos certificar que as empresas com as quais assinamos contratos criam as condições necessárias para entregar aquilo que esperamos. Tenho defendido que devem existir ferramentas para garantir que isso aconteça", disse Thierry Breton, comissário europeu do Mercado Interno.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que quatro milhões de doses de Pfizer-BioNtech vão ser enviadas para os Estados-membros nas próximas duas semanas.

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