Líderes da UE apoiam gestão rigorosa das vacinas

Onze anos depois de Barack Obama, o presidente dos EUA, Joe Biden, foi o convidado especial num Conselho Europeu. Os líderes da União Europeia saudaram a sua disponibilidade para reforçar os laços transatlânticos.
“Tivemos a oportunidade de identificar os temas nos quais vamos trabalhar juntos, começando pela Covid-19 e a necessidade de garantir o acesso às vacinas e à cadeia de abastecimento dos seus componentes”, disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, em conferência de imprensa, quinta-feira, em Bruxelas, que encerrou o encontro (os líderes decidiram não fazer o segundo dia de videoconferência na sexta-feira).
O debate dos líderes dos 27 Estados-membros centrou-se nesse tema, apoiando novas medidas da Comissão Europeia para acelerar a vacinação a nível interno, pela via do aumento de produção e da gestão da distribuição.
Apesar de alguns governos recearem os impactos de uma guerra de vacinas, admitem que poderá ser necessário condicionar a exportação nos casos de falta de reciprocidade e de proporcionalidade, como propôs a presidente do executivo comunitário.
"Para que fique muito claro, queremos assegurar-nos de que a Europa receberá a sua justa parte das vacinas. Isto porque temos de poder explicar aos cidadãos que se as empresas estão a exportar vacinas para o mundo inteiro é porque estão, também, a honrar, plenamente, os seus compromissos e tal não poe em risco o adequado nível de abastecimento na União Europeia", explicou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na mesma conferência de imprensa.
A Comissão Europeia disponibilizou os dados mais recentes:
Foram exportadas 77 milhões de doses de vacinas para 33 países
O Reino Unido recebeu mais de 20 milhões dessas doses
A nível comunitário, foram distribuídas 88 milhões de doses pelos Estados-membros, das quais 62 milhões já foram administradas
Na política externa, os líderes mostraram-se satisfeitos com a nova estratégia apresentada pelo serviço diplomático para lidar com a Turquia, que se mostra mais cooperante.
Serão renovadas parcerias na migração e na união aduaneira, mas se o país voltar a uma postura ofensiva na zona oriental do mar Mediterrâneo serão impostas sanções .