Farmacêutica justifica-se com dificuldades provocadas pelas restrições às exportações que afetam os lotes produzidos fora da UE
A AstraZeneca anunciou novos atrasos na distribuição da vacina para combater a covid-19 na Europa. A produção em grande escala tem sido uma dificuldade desde o início e para fazer face ao problema, a farmacêutica foi obrigada a recorrer às unidades de produção fora da União Europeia. Os novos atrasos são justificados com as dificuldades causadas pelas restrições às exportações atualmente em vigor.
Além da escassez de vacinas na Europa, a falta de transparência na distribuição também gera críticas. Sebastian Kurz, chanceler da Áustria, apontou o dedo à desigualdade na divisão das vacinas pelos Estados-membros, nomeadamente na relação entre a população de cada país e o número de doses a que cada Estado tem direito.
De acordo com o líder do governo austríaco, "os Países Baixos irão receber mais vacinas per capita até ao fim de junho do que os vizinhos da Alemanha e quase o dobro da Croácia", acrescentando que o seu país se encontra a meio da tabela.
Em Itália, a ameaça de uma nova vaga levou uma fatia considerável do país a fechar portas novamente, com onze regiões em alerta vermelho. No espaço de 24 horas registaram-se mais de 26 mil novos casos e 317 mortes, números que têm vindo a subir nas últimas semanas. Para os três dias da Páscoa, o primeiro-ministro Mario Draghi já anunciou um confinamento total a nível nacional.