Avisos da UE à Rússia nos casos Ucrânia e Navalny

Avisos da UE à Rússia nos casos Ucrânia e Navalny
Direitos de autor FRANCOIS WALSCHAERTS/AFP
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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutskosta
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Não parece haver acordo para impor novas sanções contra a Rússia, o que os analistas consideram ser sinal de fraqueza da União, que poderá incentivar outros líderes autoritários.

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A União Europeia expressou a sua solidariedade à Ucrânia e criticou as movimentações militares russas na região, numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, segunda-feira, por videoconferência.

O chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell, expressou, em conferência de imprensa, em Bruxelas, o desagrado do bloco: "Mais de 150 mil tropas russas foram concentradas junto às fronteiras ucranianas e na Crimeia. O risco de nova escalada militar é evidente. Temos de elogiar a Ucrânia pela sua resposta contida e instamos a Rússia a reduzir o nível de tensão".

A deterioração da saúde do opositor russo Alexei Navalny, preso numa cadeia de alta segurança, também preocupa a União Europeia, que junta aos EUA nos avisos ao Kremlin.

“A situação está a piorar e hoje enviamos uma mensagem unida às autoridades russas, dizendo-lhes que são responsáveis pela segurança e saúde de Navalny e que vamos responsabilizá-las por isso”, acrescentou Borrell.

Apelos não demovem Putin

Mas tanto num caso como no outro não parece haver acordo para impor novas sanções contra a Rússia, o que os analistas consideram ser sinal de fraqueza da União. Um sinal que poderá incentivar outros líderes autoritários.

"A Europa apela ao diálogo e ao empenho pelo mero valor diplomático do diálogo e do empenho. Essa não é a forma de lidar com a Rússia, é preciso ter uma atitude transacional, ser muito duro, também fazer ameaças e entrar numa negociação, enunciando as manobras que se está disposto a fazer", explicou o analista do ECFR, Gustav Gressel, em entrevista à euronews.

"Devo dizer que líderes de outras potências, tais como Erdogan, na Turquia, e Aliev, no Azerbaijão, estão a observar, atentamente, o que se passa, nomeadamente no que se refere às regras do Conselho da Europa sobre o tratamento de líderes da oposição e ativistas de direitos humanos. Querem ver até onde irá o presidente russo Putin para, basicamente, imitarem o seu comportamento”, acrescentou Gustav Gressel.

Os ministros analisaram, ainda, a crise interna na Etiópia, pedindo uma investigação independente às suspeitas de crimes de guerra e o acesso imediato à ajuda humanitária.

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