Em Kiev, Charles Michel diz que crimes de guerra russos serão punidos

Charles Michel esteve, esta quarta-feira, na Ucrânia e deixou uma mensagem clara. A par das manifestações de apoio ao país, o presidente do Conselho Europeu disse que tem de se fazer justiça contra atrocidades cometidas por forças russas no país e assegurou que os crimes de guerra serão punidos.
Testemunhou a agressão com os próprios olhos ao deslocar-se a Borodianka. A pequena cidade, localizada nos arredores de Kiev, foi libertada no início de abril.
"Cometeram-se atrocidades, crimes de guerra. Têm de ser punidos e serão punidos. Eles [Rússia] têm de pagar pelo que fizeram", sublinhou Michel.
"Estamos determinadas em fazer todos os possíveis para apoiar a Ucrânia porque queremos a vitória final do país", acrescentou.
O presidente do Conselho Europeu esteve reunido com o presidente da Ucrânia. Também discutiu com Volodymyr Zelenskyy temas como a ajuda humanitária e militar à Ucrânia ou a adesão do país à União Europeia.
Também esta quarta-feira, oporta-voz do Kremlin disse que a Rússia apresentou a Kiev uma proposta de acordo. Dmitry Peskov sublinhou que o documento detalha as condições no âmbito das negociações de paz eque a bola está, agora, no campo da Ucrânia.
Kiev nega, no entanto, o acesso a tal documento.
"Eles dizem que a bola está no nosso campo. Costumava jogar futebol em tempos de paz. Quais são as regras? Há duas equipas a participar e é preciso uma bola. Parece-me que [Vladimir] Putin está a jogar futebol com ele próprio", disse Volodymyr Zelenskyy.
Entretanto, o presidente russo anunciou que vai atualizar a estratégia do país na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Vladimir Putin alega que as restrições às empresas russas por parte de países ocidentais contrariam as regras da OMC.