Mecanismo Europeu de Proteção Civil ativado com mais frequência

 Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) tem uma equipa, sempre a postos, que gere os pedidos de assistência
Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) tem uma equipa, sempre a postos, que gere os pedidos de assistência Direitos de autor European Union, 2022
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Diretor do Centro Europeu de Coordenação de Resposta de Emergência diz que UE é cada vez mais desafiada com problemas decorrentes das alterações climáticas

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No ano passado, inundações em várias partes da Europa semearam um rasto de morte e destruição. Este ano, são os incêndios florestais que estão a provocar uma devastação sem precedentes em todo o continente.

Em momentos assim, em que os países não conseguem dar resposta individualmente, a União Europeia é chamada a intervir.

Em Bruxelas, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) tem uma equipa, sempre a postos, que gere os pedidos de assistência, ativando o que é conhecido como Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Com temperaturas recorde já atingidas esta ano, será que as coisas estão a piorar?

"Há dois anos, a situação estava relativamente calma, mas foi uma espécie de surpresa. Não é a norma. Mas, nos últimos cinco anos, desde 2017, houve um aumento acentuado em termos de ativação do Mecanismo [de Proteção Civil] para incêndios florestais, não só para a Europa, mas também para países vizinhos, norte da África, com pedidos também a chegarem da Geórgia", sublinhou, em entrevista à Euronews, Antoine Lemasson, diretor do Centro Europeu de Coordenação de Resposta de Emergência.

Do mecanismo fazem parte os 27 Estados-membros e seis países de fora do bloco comunitário.

Beneficiam de equipamentos de reserva vitais, como aviões de combate aos incêndios, helicópteros e ajuda médica.

Equipas de resgate e salvamento também estão disponíveis para entrar em ação sempre que for preciso.

O diretor Centro de Coordenação de Resposta de Emergência diz que apesar da capacidade de reação os desafios, provocados pelas alterações climáticas, os problemas são cada vez maiores.

"Indicamos que a temporada oficial de incêndios florestais começa em junho, mas, na verdade, entramos na temporada em fevereiro, no cinturão sul na Córsega. Há fogos em janeiro e fevereiro. Há vegetação muito seca na primavera. Falta chuva durante a primavera. Então, quando chegamos ao início do verão a situação já é bastante difícil. É um padrão e penso que teremos de conviver com isso todos os anos a partir de agora", lembrou Antoine Lemasson.

Na Europa, os fogos florestais continuam a não dar tréguas.

Entre as áreas afetadas esta segunda-feira estão a ilha de Tenerife, em Espanha, ou o norte da Grécia.

Portugal também não escapa à fúria das chamas.

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