Após um dia em Londres e uma noite em Paris, o líder ucraniano esteve em Bruxelas, indiscutivelmente o ponto alto da sua viagem.
A Ucrânia luta contra os invasores russos para preservar o "modo de vida" europeu. Esta foi a mensagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, nas várias intervenções que fez ao longo dos dois dias de viagem, por três capitais europeias.
Foi a primeira vez que Volodymyr Zelenskyy visitou países da Europa desde o início da guerra, há quase um ano. E foi a sua segunda viagem ao estrangeiro, seguindo-se à visita a Washington, em dezembro.
Após um dia em Londres e uma noite em Paris, o líder ucraniano esteve em Bruxelas, indiscutivelmente o ponto alto da sua viagem. Na capital das instituiçõeds da União Europeia (UE), teve o acolhimento que se dá a um herói.
Foi aí que Zelenskyy insistiu que a Ucrânia pertence à familia da UE: "Europa! Estamos a defender-nos contra a força mais anti-europeia do mundo moderno. Estamos a defender-nos, é o que fazem os ucranianos no campo de batalha, juntamente convosco".
Contudo, tanto no que se refere à entrada na UE como à entrega de caças e mísseis modernos, os líderes europeus ficaram mudos. Algo que alimenta as críticas de vozes que questionam as ações da UE há já algum tempo.
É o caso de Bill Durodié, diretor do Centro de Risco e Segurança nas Relações Internacionais, da Universidade de Bath, no Reino Unido, entrevistado por Stefan Grobe.
"Penso que a unidade a que assitimos tem sido mais acidental do que um propósito. Se nos recordarmos do início do conflito, em fevereiro do ano passado, os Estados Unidos e a Alemanha achavam que os ucranianos não tinham qualquer hipótese. Diziam que não valia a pena enviar qualquer ajuda, porque o país entraria em colapso em poucos dias. Assim, na verdade, a unidade que emergiu não provém de qualquer entendimento ou posição estratégica. Todas as decisões que a UE tomou foram tortuosas, incluindo sobre o envio dos tanques. Portanto, entrando no segundo ano, penso que será mais do mesmo", disse o cientista político.
(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)