O Parlamento Europeu também está preocupado com as tentativas de desestabilização do país por parte de agentes pró-russos.
A União Europeia (UE) deve fazer mais para ajudar a Moldávia, dizem os eurodeputados. O país está a ser muito afetado pelaguerra na vizinha Ucrânia. O Parlamento Europeu debateu, terça-feira, a situação no país com o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, e está a preparar uma resolução.
"A UE, no ano passado, deu à República da Moldávia, com toda a razão, o estatuto de país candidato. Mas também lhes demos uma lista de nove reformas para fazer, particularmente no sistema judicial e na luta contra a corrupção. Eles estão agora a trabalhar nestas reformas", disse Siegfried Mureșan, eurodeputado romeno do centro-direita, em declarações à euronews.
"Mas até se tornarem um Estado-membro da UE, temos de os ajudar financeiramente, para que o governo possa ajudar os setores mais vulneráveis da população a ultrapassar a situação dos elevados preços da energia, a inflação elevada. E ajudar o país a reduzir a dependência energética da Rússia", acrescentou.
Forças de desestabilização pró-russas
O Parlamento Europeu também está preocupado com as tentativas de desestabilização do país por parte de agentes pró-russos. A presidente moldava, Maia Sandu, disse, a 13 de fevereiro, que a Rússia planeava derrubar o governo e subjugar todo o país, a fim de o impedir de aderir à União Europeia.
"Temos de considerar agora as sanções contra estes oligarcas, que na realidade nem sequer estão no país, mas fora da Moldávia. Mas participam ativamente nesta desestabilização, encorajando a insurreição. É isso que está a acontecer. As pessoas estão a ser pagas para ir a manifestações e fomentarem a desestabilização", disse Thijs Reuten, eurodeputado neerlandês do centro-esquerda.
"Eles escolheram candidatar-se à UE e é uma escolha corajosa". Temos agora de mostrar a mesma coragem enquantos amigos europeus e ajudá-los a ultrapassar esta situação, pois de outra forma poderemos ser confrontados com algo que não podemos lidar", acrescentou Thijs Reuten.