"Estado da União": a geoeconomia nas "mãos" da Rússia?

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou o seu homólogo russo, Vladimir Putin
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou o seu homólogo russo, Vladimir Putin Direitos de autor AP Photo
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De  Stefan GrobeIsabel Marques da Silva
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A invasão russa da Ucrânia criou um sério drama geoeconómico ao nível de alimentos de base, como são os cereais, com repercussão em muitos pontos do globo. O impacto na União Eurpeia sente-se mais ao nível das matérias-primas cruciais para a transição ecológica.

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Amazon, Apple e Microsoft são agora algumas das plataformas consideradas "guardiãs" da economia digital e ficarão sob legislação mais rigorosa da União Europeia, (UE) com vista a promover maior proteção dos consumidores e maior concorrência no mercado.

Este foi um dos temas dominantes da semana na política da União. Ainda a nível económico, mas relacionada com a guerra na Ucrânia, esteve em destaque a tentativa de reativar a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, patrocinada pela ONU.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para tentar renovar o acordo, do qual a Rússia se retirou em julho. 

Em causa estão milhões de toneladas de cereais que partiam dos portos ucranianos no Mar Negro para destinos em todo mundo. O presidente russo coloca como condição o levantamento das sanções ocidentais, o que não é viável.

A ausência de cereais ucranianos nos mercados mundiais é uma grande ameaça à segurança alimentar global. No entanto, não é apenas a agricultura ucraniana que é visada pelo regime de Moscovo.

A euronews entrevistou Olivia Lazard, investigadora no centro de estudos Carnegie Europe, sobre a suspensão do fornecimento de matérias-primas ucranianas por causa da guerra. São materiais de que a UE necessita para fazer avançar o Pacto Ecológico. 

"A guerra interrompeu totalmente a parceria em termos de execução desde 2021, ano em que a UE e a Ucrânia estabeleceram a parceria estratégica. Trata-se do fornecimento de matérias-primas essenciais para a transição energética e para que a UE cumpra a sua legislação em matéria de clima", explicou Olivia Lazard. 

"Considerando que muitos depósitos dessas matérias-primas estão localizados na parte oriental do país, não se sabe como poderão ser explorados no futuro. A parceria estratégica não está em causa, o que está em causa é a forma como será desenvolvida no futuro", acrecentou a investigadora.

(Veja a entrevista na íntegra no vídeo)

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