Droga: Colômbia garante à UE que faz a sua parte, mas precisa de mais apoio

O fentanil é uma das drogas recentes que mais preocupa as autoridades
O fentanil é uma das drogas recentes que mais preocupa as autoridades Direitos de autor Jessica Christian/**MANDATORY CREDIT FOR PHOTOG AND SF CHRONICLE/NO SALES/MAGS OUT/TV
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De  Christopher PitchersIsabel Marques da Silva
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A comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, presidiu com o Ministro da Defesa Nacional da Colômbia, Iván Velásquez Gómez, ao segundo Diálogo UE-Colômbia sobre a Droga, sexta-feira, em Bruxelas. O governante colombiano garantiu à UE que faz a sua parte mas precisa de mais apoio.

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Na luta contra o tráfico de droga, União Europeia (UE) e Colômbia analisaram a evolução recente das políticas e pretendem reforçar a cooperação em matéria do combate ao fornecimento e aos efeitos nocivos da droga. 

Os debate abordou, igualmente, o impacto do cultivo de culturas ilícitas e da transformação de drogas ao nível do meio ambiente e de partes mais vulneráveis na sociedade, nomeadamente as mulheres.

O ministro colombiano, Iván Velásquez Gómez, realçou que a UE pode fazer mais: "O que estamos a fazer é trabalhar para evitar que a cocaína chegue até vós, aqui, no vosso continente. Mas, ao mesmo tempo, também gostaríamos de ver medidas a serem tomadas para garantir que, uma vez que estamos a tentar controlar a oferta, os países consumidores devem tentar controlar e reduzir a procura."

Uma das principais preocupações dos governos europeus é o aumento da violência ligada ao tráfico de droga. Houve uma série de casos de alto nível, no ano passado, incluindo a morte de uma menina de 11 anos num tiroteio relacionado com tráfico de droga.

O problema do fentanil

Mas há um novo fator de muita preocupação: o fentanil. Este opiáceo sintético, que se calcula ser 50 vezes mais forte do que a heroína, foi identificado pela UE como sendo de alto risco.

A Comissão Europeia está a desenhar uma estratégia de combate, disse Ylva Johansson: "Os Estados-membros precisam de atualizações e de informações mais ou menos em tempo real sobre a avaliação da evolução da situação, para poderem detetar o fentanil e fazer a prevenção". 

"Esta é uma tarefa no novo mandato da Agência Europeia de Drogas e também duplicámos os recursos para a Agência Europeia de Drogas", explicou a comissária.

Os últimos dados de 2021 mostram que houve 137 mortes na UE relacionadas com o consumo de fentanil, mas a Comissária dos Assuntos Internos diz que espera que este número aumente nos próximos anos.

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