NATO pede proporcionalidade na resposta de Israel ao Hamas

Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, presidiu à reunião dos ministros da Defesa
Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, presidiu à reunião dos ministros da Defesa Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De  Shona Murray
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A NATO alerta que países tais como o Irão ou movimentos políticos como o Hezbollah podem tentar tirar partido do conflito entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza. O secretário-geral, Jens Stoltenberg, pediu proporcionalidade na resposta israelita aos atos cometidos pelo movimento palestiniano.

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"Vimos um vídeo chocante e é claro que os relatos são chocantes. Essa é, também, a razão pela qual os aliados condenaram este ataque terrorista contra civis em Israel", disse Jens Stoltenberg, referindo-se ao vídeo mostrado pelo ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, que participou na reunião da NATO, quinta-feira, em Bruxelas.

"À medida que este conflito evolui, é importante proteger os civis e isso também foi claramente expresso. Há regras de guerra e a resposta dever ser feita com proporcionalidade. Isso foi salientado por muitos aliados", acrescentou Stoltenberg.

A NATO não desempenha um papel no conflito, mas um dos seus membros, os EUA, intensificou a presença militar na região e prometeu apoio a Israel.

Sabotagem no Mar Báltico?

Os aliados debateram, ainda, o incidente que causou danos em infrestruturas submarinas civis da Finlândia e da Estónia.

A investigação está em curso e a NATO não deixará de dar uma resposta se ficar provado que foi um ato de sabotagem.

"É óbvio que os gasodutos, os cabos elétricos, os cabos de Internet, este tipo de infra-estruturas submarinas são infra-estruturas críticas para as nossas sociedades. Por isso, esta é uma questão que tem estado no topo da agenda da NATO, relacionada com a resiliência, há muitos anos. Muitas coisas têm sido feitas para proteger estas infra-estruturas críticas", disse Stoltenberg.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que o país vai apoiar a Finlândia e a Estónia na investigação: "Estamos ao lado dos aliados da NATO, Finlândia e Estónia, na investigação dos danos causados às infra-estruturas submarinas no Mar Báltico e apoiamos a investigação em curso para determinar a causa", declarou Blinken na plataforma social X.

Na quarta-feira, primeiro dia da reunião, o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelenskyy, participou na reuniao e obteve garantia por parte dos EUA da manutenção da ajuda militar. O governo de Washington vai contribuir com mais 200 milhões de dólares em ajuda militar.

O Grupo de Contacto da NATO para a Ucrânia também contribuirá com mais cem milhões de euros.

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