Projeto inovador estuda infertilidade dos europeus

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De  Aurora Velez
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Na Escandinávia, tal como no resto da Europa, cerca de um quarto dos casais têm dificuldade em conceber um filho.

A Dinamarca e na Suécia lançaram um projeto inovador para estudar, prevenir e tratar a infertilidade. A iniciativa é apoiada pela União Europeia.

"Tenho 38 anos, mas os meus óvulos são mais velhos do que a minha idade biológica. Há meses em que a qualidade do esperma do meu parceiro é boa, há meses em que é má. Descobrimos esse problema durante os testes", contou à euronews Gry Sloth Jørgensen.

Infertilidade: uma doença cada vez mais frequente

A euronews esteve num hospital perto de Copenhaga, onde nascem cerca de sete mil crianças por ano. Um número que está a diminuir, por várias razões, nomeadamente devido ao aumento da infertilidade. 

Uma mulher em cada oito nunca chega a ser mãe e um homem em cada cinco nunca chega a ser pai. A infertilidade é uma doença renconhecida pela OMS.

"A infertilidade é uma doença. Num terço dos casos esta doença está ligada à mulher e noutro terço está ligada à parte masculina. Um terço dos casos é de origem desconhecida. Sabemos que a infertilidade masculina representa um risco de doença cardiovascular. E temos dados que indicam que o mesmo se passa para as mulheres. É uma das coisas que queremos aprofundar", explicou Henriette Svarre Nielsen, Professora da Universidade de Copenhaga e Consultora do Hospital Hvidovre.

Dois milhões de amostras para estudar infertilidade

Uma parte da investigação sobre infertilidade decorre na Suécia. Os investigadores analisam os dados e as amostras.

O projeto ReproUnion está a realizar um estudo alargado sobre a infertilidade. O objetivo é melhorar a prevenção, a deteção e o tratamento. Aqui, mais de 2 milhões de amostras são armazenadas a 80 graus Celsius negativos.

"Estas amostras integram sémen, sangue, cabelo, urina e fezes. Qualquer tipo de fluido biológico ou tecido. Após duas horas, são armazenadas em pequenas  recipientes de 70 microlitros neste formato no biobanco", disse Johan Malm, Professor do Departamento de Medicina Translacional, Universidade de Lund, Suécia.

O apoio da Política de Coesão da UE

O orçamento total do projeto é de 6,7 milhões de euros. 44% do montante é financiado pela política de coesão da UE e 16,77% pela Região da Capital da Dinamarca. A mesma percentagem é financiada pela Região de Skane e 22,46% pela Ferring Pharmaceuticals.

Os novos tratamentos para a infertilidade são uma fonte de esperança para quem não consegue conceber de forma natural.

Casper Havhøj Jensen e Gry Sloth Jørgensen são pais de uma menina e esperam poder ter outra criança graças ao tratamento.

"Esperamos ter mais um filho, temos mais óvulos. Quando o nosso bebé for um pouco maior, vamos começar o processo de novo para que a Esther possa ter um irmãozinho ou uma irmãzinha", disse Casper Havhøj Jensen.

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