O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, diz que Kiev tem informações credíveis de que a Rússia planeia perturbar a Cimeira Global da Paz que se realizará na Suíça em junho.
Os Estados Unidos confirmaram que enviaram secretamente mísseis de longo alcance à Ucrânia para serem utilizados no campo de batalha contra a Rússia.
O Presidente Joe Biden aprovou a entrega do Sistema de Mísseis Tácticos do Exército de longo alcance, conhecido por ATACMS, em fevereiro e março, e a Ucrânia já os utilizou duas vezes.
Numa conferência de imprensa em Washington, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan afirmou que os mísseis tinham sido enviados em resposta ao facto de a Rússia ter adquirido armas a outros países.
"Isto seguiu-se à aquisição e utilização pela Rússia de mísseis balísticos da Coreia do Norte contra a Ucrânia, bem como aos ataques renovados e crescentes da Rússia contra infra-estruturas civis na Ucrânia", afirmou.
Sullivan não disse quantos ATACMS foram enviados para a Ucrânia ou se fariam parte do último pacote de ajuda militar assinado na quarta-feira. Esse financiamento inclui 57 mil milhões de euros para a Ucrânia.
"Já enviámos alguns, vamos enviar mais agora que temos autoridade e dinheiro adicionais. Não vou entrar em números específicos por razões operacionais. Acredito que vão fazer a diferença", disse Sullivan.
Entretanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que Kiev tem informações credíveis de que a Rússia planeia perturbar a Cimeira Mundial da Paz, que se realizará na Suíça em junho.
Num post no X, afirmou que a Rússia já tem um plano para perturbar a reunião "incluindo a forma de reduzir o número de países participantes e de atuar de forma a frustrar os esforços de paz por mais tempo".
A Suíça anunciou no início deste mês que iria acolher a conferência internacional de dois dias no Lago Lucerna, a 15 e 16 de junho.
Zelenskyy disse que espera a participação de 80 a 100 países, mas as autoridades suíças não anunciaram quem participará.
No entanto, a ministra suíça da Defesa, Viola Amherd, admitiu em fevereiro que era pouco provável que a Rússia participasse.