Os investimentos chineses em fábricas de veículos elétricos e de baterias na Hungria têm gerado muito debate no país devido ao seu impacto ambiental e ao seu baixo valor acrescentado.
O presidente chinês Xi Jinping chegou esta semana à Hungria em visita oficial, no âmbito de um périplo europeu que trouxe o líder oriental à Europa pela primeira vez em cinco anos.
O objetivo da sua viagem é reforçar os laços diplomáticos entre a China e os países da UE, mas também com os seus aliados Sérvia e Hungria, países nos quais a China investiu grandes quantias de dinheiro nos últimos anos.
No entanto, os especialistas consultados pela Euronews duvidam dos benefícios dos investimentos chineses na Hungria, onde o país oriental investiu em fábricas de veículos eléctricos e de baterias.
Os investigadores afirmam que, atualmente, estas fábricas só podem funcionar com energia e mão de obra importadas, o que coloca pressão sobre o abastecimento de água e o ambiente da Hungria, além de terem um baixo valor acrescentado.
Um comboio que custa quatro vezes mais do que o habitual
Poucos pormenores foram revelados sobre os projetos de infraestruturas. Um bom exemplo é a linha de comboio de mercadorias entre Budapeste, capital da Hungria, e Belgrado, capital da Sérvia, que passará por todas as grandes cidades húngaras.
A linha de comboio foi construída pela Hungria com dinheiro chinês e diz-se que custou até quatro vezes mais do que o habitual. Neste tipo de projeto, as estimativas de retorno do investimento são muito fracas, segundo os especialistas, que dizem que o investimento só terá retorno daqui a 100 anos.