Parlamento apela aos partidos políticos, funcionários do Estado, meios de comunicação social e ONGs que respeitem os resultados das últimas eleições e não espalhem "ódio" contra o governo eleito nas urnas.
O Parlamento eslovaco reuniu-se pela primeira vez esta terça-feira desde o ataque a tiro contra o primeiro-minsitro Robert Fico e aprovou uma resolução que condena a violência política.
"O Parlamento recebeu com horror e profunda preocupação a notícia da tentativa de assassinato do primeiro-ministro Robert Fico, que foi obviamente cometida por motivos políticos e merece a mais firme condenação", lê-se na resolução.
"[O Parlamento] r****ejeita a violência por princípio, em particular a violência que o perpetrador aparentemente cometeu apenas porque tinha uma posição política diferente da do governo eslovaco".
O hemiciclo de Bratislava apelou também a todos os partidos políticos, funcionários do Estado, indivíduos com responsabilidades públicas, meios de comunicação social e organizações não-governamnetais (ONGs) para que respeitem os resultados das últimas eleições, não espalhem ódio contra o governo legitimamente eleito e ponham fim à retórica de "ódio".
"As pessoas não devem ser alvos de ódio devido às suas opiniões políticas, uma vez que o pluralismo, a diversidade e o respeito pelas outras opiniões são a base de qualquer sociedade livre e democrática", pode também ler-se no texto.
A resolução incentiva ainda o governo a adotar medidas de segurança adequadas para evitar novos ataques violentos com motivações políticas contra funcionários do Estado e cidadãos comuns, desejando ao primeiro-ministro uma rápida recuperação e o regresso às suas funções.
O primeiro-ministro Robert Fico permanece no hospital em estado grave, mas não tem a vida em risco.
Um homem de 71 anos, identificado pela imprensa eslovaca como um antigo segurança e poeta amador, já foi acusado de tentativa de assassinato e encontra-se em prisão preventiva.