Nas reuniões sobre segurança, deverão ser abordados os exercícios militares com armas nucleares táticas iniciados pela Rússia e nos quais a Bielorrússia vai participar. Minsk serviu de trampolim para entrada de tropas russas no norte da Ucrânia.
A segurança e a economia estiveram no topo da agenda de uma reunião de alto nível entre o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo bielorrusso Alexander Lukashenko em Minsk.
O encontro está integrado na visita de dois dias de Putin à vizinha e aliada Bielorrússia, em que as matérias de segurança deverão ter especial preponderância, em particular os exercícios com armas nucleares táticas iniciados pela Rússia e nos quais se espera que a Bielorrússia participe.
O Ministério da Defesa da Rússia informou esta semana que as forças do país tinham iniciado a primeira fase dos exercícios para simular a preparação do lançamento de armas nucleares táticas.
A segunda fase também será objeto de discussão. “Parte disto é a participação direta dos nossos amigos e colegas bielorrussos na esfera militar nestes eventos”, afirmou Putin citado pelas agências noticiosas russas.
"Como acordámos ontem, temos sempre duas partes. A segurança e as questões económicas", disse Lukashenko.
"Sempre adiámos as questões económicas para serem analisadas pelos nossos governos. Mas hoje é apenas uma oportunidade para ouvir o que já foi feito em relação às nossas instruções. Vamos ouvir os peritos, eles vão apresentar-nos um relatório", acrescentou o chefe de Estado bielorrusso.
Bielorrúsia apoiou Moscovo na guerra contra Kiev
Embora as forças bielorrussas não tenham participado diretamente na guerra da Ucrânia, a Bielorrússia serviu de trampolim para a entrada das tropas russas no norte da Ucrânia.
Dependente de empréstimos russos e de energia subsidiada, a Bielorrússia permitiu que o seu território fosse utilizado como ponto de paragem para os militares russos, facilitando o envio de forças do Kremlin para a Ucrânia a partir de solo bielorrusso.
Em 2023, a Rússia também transferiu algumas das suas armas nucleares táticas para a Bielorrússia.
Putin, que está a iniciar o seu quinto mandato, viajou para a China no início deste mês e deverá visitar o Uzbequistão no domingo.