O novo pacote inclui dezenas de milhares de munições, sistemas de defesa área e 200 veículos blindados de infantaria e de transporte.
O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 500 milhões de euros. O anúncio foi feito durante a sua deslocação à cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, que foi mantida em segredo por razões de segurança.
O novo pacote inclui dezenas de milhares de munições, sistemas de defesa área e 200 veículos blindados de infantaria e de transporte. A Alemanha vai, assim, suportar os custos de 180 mil munições no âmbito da iniciativa checa de encontrar financiamento para adquirir 800 mil munições.
“A Ucrânia está sob pressão porque as forças russas estão a fazer tudo o que podem para aumentar a extensão da frente e amarrar as forças ucranianas. Mas estão a ser bem sucedidas. Ao mesmo tempo, não estão a ser feitos avanços realmente significativos e sustentáveis”, disse Pistorius, citado pela AP.
As tropas ucranianas continuam a enfrentar a escassez de munições face a uma nova ofensiva russa na região norte de Kharkiv, lançada no início deste mês. De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, a Rússia tem vindo a aumentar a concentração de tropas em Kharkiv.
A Rússia conseguiu alguns ganhos territoriais, mas a capacidade da Ucrânia para conter as forças de Moscovo tem sido dificultada por um longo atraso na ajuda militar dos Estados Unidos e pela produção militar inadequada da Europa Ocidental, que atrasou as entregas cruciais para o campo de batalha.
A Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos, e, segundo Pistorius alguns dos artigos que serão enviados pelo país europeu deverão chegar muito em breve.
Joe Biden dá luz verde à Ucrânia para utilização de armas
Entretanto, na quinta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, deu autorização a Kiev para que utilize armamento de origem americana para atacar alvos russos, desde que limitados à defesa da cidade de Kharkiv, disseram duas fontes à AP.
Os dois funcionários norte-americanos, que pediram para não serem identificados, afirmaram que a política de Washington, que exige que a Ucrânia não utilize mísseis americanos de longo alcance e outras munições para atacar dentro das fronteiras russas, não se alterou.