O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán numa entrevista à rádio húngara, acusou o líder do PPE, em maioria no Parlamento Europeu, de ser anti-húngaro.
Antes de partir para Berlim, Viktor Orbán esteve no programa "Bom dia, Hungria" - da emissora húngara Kossuth Rádió - onde falou do que descreveu como um fenómeno "hungarofóbico" que está a acontecer no Parlamento Europeu.
O primeiro-ministro húngaro acusou Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu, com a maioria no Parlamento Europeu, de ser "hungarofóbico".
"Há ali uma direção muito clara. Manfred Weber tem apenas um objetivo que lhe é muito caro, que é prejudicar a Hungria", disse Orban.
Estas acusações surgiram depois de o PPE ter recentemente aberto os braços ao partido TISZA, do adversário político de Orbán, Péter Magyar.
Orbán relembrou os votos dados pelo seu partido à atual presidente da Comissão Europeia. "Recordo que Von der Leyen ganhou a confiança do parlamento por apenas nove votos e 13 foram nossos. Por isso, a posição do Fidesz sobre quem deveria ser o presidente da comissão foi de facto decisiva", acrescentando que a Ursula Von der Leyen "é apenas um mordomo, em comparação com a hungarofobia de que o Sr. Weber está a sofrer".
A Euronews pediu uma reação ao PPE sobre as declarações de Orbán. Fonte do partido recusou fazer quaisquer comentários.
O Fidesz de Orbán abandonou o grupo do Partido Popular no Parlamento Europeu em 2021, na sequência de uma votação dos eurodeputados do PPE que mudou as regras para permitir a suspensão ou mesmo a exclusão do Fidesz daquele grupo.
O partido centrista húngaro Tisza, liderado por Magyar, conquistou sete dos 21 lugares húngaros nas eleições europeias de junho, tirando lugares ao Fidesz e democratas-cristãos.