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Eleições em França: Alemães preparam-se para abalo sísmico na política da UE

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, passeiam pelo jardim de Meseberg, na Alemanha, a 28 de maio de 2024.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, passeiam pelo jardim de Meseberg, na Alemanha, a 28 de maio de 2024. Direitos de autor Ebrahim Noroozi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Ebrahim Noroozi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Liv Stroud
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Artigo publicado originalmente em inglês

Enquanto França se prepara para eleições antecipadas que o Presidente francês Emanuel Macron convocou durante as eleições europeias, os alemães estão a preparar-se para uma reviravolta na política da UE.

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Com as próximas eleições francesas ao virar da esquina, a Alemanha está a preparar-se para os resultados, que deverão oscilar à direita.

É provável que as políticas em matéria de clima, migração e igualdade de género sejam afetadas a nível nacional, caso o partido de extrema-direita de Marine Le Pen, o Rassemblement National, saia vencedor. No entanto, a cientista política Miriam Hartlapp alertou para o facto de os efeitos poderem repercutir-se em toda a União Europeia.

"A formulação de políticas em Bruxelas vai mudar, porque os membros deste partido populista de direita poderão ter assento no Conselho de Ministros. Isto cria uma situação diferente para países como a Alemanha e outras nações europeias", afirmou Hartlapp.

"A França não é um pequeno Estado-Membro, mas sim um grande e importante [país]. Podemos esperar que a política climática europeia, a política de asilo e migração e a política de igualdade de género a nível europeu sejam diferentes", acrescentou.

Hartlapp considera que a viragem à direita se espalhou por toda a Europa, uma vez que a insatisfação com os atuais governos se reflete no clima político.

Os alemães estão conscientes das mudanças e isso "causa preocupação", disse Harlapp, apontando para a recente entrevista do chanceler alemão Olaf Scholz, que disse esperar que os partidos moderados tenham sucesso nas eleições. Mas isso cabe ao povo francês decidir.

Hartlapp acrescentou que a UE pode esperar que os casos relacionados com a imigração sejam levados ao Tribunal de Justiça Europeu.

"Alguns pontos do programa do Rassemblement National contradizem claramente os direitos fundamentais da Constituição Europeia, como por exemplo, o facto de os imigrantes em França não terem os mesmos direitos que os cidadãos franceses no que diz respeito à habitação e aos benefícios sociais. Isto contradiz diretamente a legislação da UE", denunciou.

Entretanto, na Alemanha, políticos individuais dos partidos de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e Die Heimat (A Pátria em português) anunciaram esta semana planos para formar alianças no estado oriental de Brandemburgo, depois de o AfD ter ultrapassado todos os partidos da coligação governamental no poder durante as eleições europeias.

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