Primeiro-ministro húngaro foi a Roma reunir-se com Giorgia Meloni.
Giorgia Meloni e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, reuniram-se durante mais de uma hora na segunda-feira, no âmbito da visita de Orbán a várias capitais europeias antes de a Hungria assumir a presidência rotativa do Conselho da UE. Depois de Berlim, Orbán deslocou-se a Roma e segue para Paris.
A viagem oferece ao primeiro-ministro húngaro a oportunidade de participar em consultas com os líderes da UE e de os informar sobre o programa da presidência numa altura crucial. A reunião com a primeira-ministra italiana teve lugar antes da cimeira desta semana, que se centrará nos principais cargos da UE após as eleições europeias.
Nas declarações finais de ambos os líderes à margem da reunião bilateral, Meloni descreveu Orbán como um parceiro importante na Europa e elogiou-o por fazer da crise de natalidade uma das principais prioridades do programa da presidência húngaro.
A líder italiana revelou ainda que ela e Orbán concordaram em várias questões: desde a abordagem do país à competitividade até às políticas agrícolas e à migração. No entanto, como sublinhou Meloni, os dois nem sempre estão de acordo no que respeita à Ucrânia. Para além de ser a primeira-ministra italiana, Meloni é também presidente do grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), que se tornou a terceira maior força do Parlamento Europeu.
Recentemente, o co-presidente do CRE, Nicola Procaccini, foi citado como tendo afirmado que, se o partido de Viktor Orbán quiser juntar-se aos conservadores no futuro, Orbán terá de apresentar uma declaração escrita a expressar o seu apoio à Ucrânia. Mas isso não parece ser uma opção, pelo menos para já.
Depois de agradecer a Meloni, Viktor Orbán esclareceu mais uma vez que o seu partido não vai juntar-se à família política dos Conservadores e Reformistas, principalmente devido, como disse Orbán, "à presença de um partido romeno anti-Hungria". Esta é uma clara referência ao facto de os membros do partido AUR terem aderido ao grupo conservador de direita.
O partido Fratelli d'Italia, de Meloni, manteve a sua posição de líder em Itália após as eleições europeias e deverá exigir um lugar de topo em Bruxelas.