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Sismo de magnitude 5,3 sentido de norte a sul do país. Proteção Civil não ativa plano de emergência

O epicentro do sismo partilhado pelo instituto de geofísica norte-americano
O epicentro do sismo partilhado pelo instituto de geofísica norte-americano Direitos de autor DR
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De  Euronews
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Governo informa que não há registo de danos pessoais ou materiais. Proteção Civil vai avaliar fissuras numa rua em Sesimbra mas não vê necessidade de ativação de planos de emergência, previstos para sismos com magnitude a partir de 6,1.

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Um sismo com uma magnitude de 5,3 na escala de Richter, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), foi sentido na madrugada desta segunda-feira de norte a sul de Portugal, com maior intensidade nas zonas de Sines, Lisboa e Setúbal.

O instituto de geofísica dos EUA (USGS na sigla original) e o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico colocam a magnitude do sismo em 5,4 na escala de Richter.

Nas redes sociais, multiplicam-se relatos de que o tremor de terra terá sido sentido até ao Porto, mas também em Espanha e Marrocos.

O sismo foi registado às 5:11, com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, em alto mar, e a 21 quilómetros de profundidade.

Em comunicado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que "pelas 05:11 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 5,3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 60 km a Oeste de Sines. Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV/V (escala de Mercalli modificada) na região de Sines, tendo sido sentido com menor intensidade na região de Setúbal e Lisboa. Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados", sublinha o comunicado do IPMA.

André Fernandes, 2º comandante operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, revelou em conferência de imprensa, na manhã desta segunda-feira, que não há registo de danos pessoais nem materiais e confirmou que se registou um pico de chamadas para diferentes instituições à hora do sismo. Até às 8:00, foram sentidas quatro réplicas, de magnitudes 1,2, 1,1, 0,9 e 1,0, situação considerada "normal".

O sismo não reuniu, segundo André Fernandes, critérios para a ativação de planos de emergência - que são implementados a partir de magnitudes 6,1 - nem se colocou a possibilidade de alerta de tsunami.

A Proteção Civil disse à agência Lusa ter recebido relatos de que o sismo tinha sido sentido em toda a zona metropolitana de Lisboa, incluindo a capital, mas também no distrito de Setúbal e noutras zonas do país.

“Recebemos muitas chamadas sobretudo de pessoas que queriam saber o que se passava e o que deviam fazer. A esta hora [06:00] ainda não conseguimos contabilizar o número de chamadas recebidas”, disse o comandante José Miranda, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

De acordo com José Miranda, não há registo de vítimas, nem danos de maior a esta hora.

“Temos só informação a esta hora de uma situação numa rua de Sesimbra em que vão ser avaliadas possíveis fissuras em edifícios”, revelou.

Em comunicado, emitido já na manhã desta segunda-feira, citado pelo jornal online Observador, o Governo português diz estar em coordenação estreita com todos os serviços relevantes na matéria”, na sequência do sismo registado, e informa que "não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento", apelando à população para que mantenha a serenidade e siga as recomendações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

A mesma declaração refere que toda a informação será atualizada ao longo da manhã desta segunda-feira pelo IPMA e pela Proteção Civil.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, primeiro-ministro em exercício durante as férias de Luís Montenegro, afirmou que este sismo foi encarado como um "teste real" para perceber se há "meios de resposta no caso de uma catástrofe grave", após uma reunião na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil.

Também o Presidente da República emitiu um comunicado, divulgado no site da Presidência: "Na sequência do sismo desta noite a sul de Lisboa, o Presidente da República tem estado em contacto com o Governo e está a acompanhar a situação desde o início, não havendo indicação de feridos ou estragos materiais. O Presidente da República reunirá pelas 10:00, em Belém, com o primeiro-ministro em exercício, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, logo após a reunião deste com a Proteção Civil", lê-se na declaração emitida por Belém.

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Já após a reunião com Paulo Rangel, numa declaração aos jornalistas em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a "muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil, muito poucos minutos depois de ter sabido e de ter ocorrido o sismo".

O chefe de Estado negou ainda que tenham existido falhas na comunicação das autoridades com a população, apesar de o site do IPMA ter estado em baixo e não ter sido enviada qualquer mensagem de alerta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Marcelo deixou também o apelo a um debate alargado sobre a construção de obras públicas que acautelem os riscos associados a abalos sísmicos, bem como à contínua aposta da formação de crianças e jovens sobre o que fazer em caso de terramoto.

O primeiro-ministro Luís Montenegro, que se encontra fora do país de férias, agradeceu a prontidão da Proteção Civil e das autoridades no acompanhamento do sismo e destacou "a serenidade da reação do povo português".

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"Sem alarmismos, continuaremos a trabalhar na prevenção e capacidade de reação para garantir a segurança de todos", acrescentou Luís Montenegro, numa publicação na rede social X.

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