A Alternativa para a Alemanha (AfD) classificou os resultados na Turíngia e na Saxónia como "históricos". Mas vai ser difícil encontrar parceiros que queiram formar governo de coligação.
PUBLICIDADEPela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um partido de extrema-direita é o mais votado num estado da Alemanha. Este domingo, a AfD conseguiu o primeiro lugar na estado da Turíngia e o segundo na Saxónia.
Mas o partido não quer ficar por aqui. O porta-voz da AfD no estado da Turíngia, Stefan Möller, diz que este resultado é um princípio e não um fim.
"Acreditamos que isto é apenas o início de uma mudança política em toda a República Federal. Naturalmente, essa mudança vai ser mais evidente no leste, onde a dinâmica política é simplesmente mais forte do que a oeste", disse Möller.
Para já o eurodeputado da AfD René Aust olha para as próximas eleições no estado de Brandemburgo, marcadas para 22 de Setembro, onde em 2019 o partido foi o segundo mais votado.
"Hoje preparámos o cenário, demos impulso a Brandemburgo e esperamos resultados igualmente grandiosos e históricos lá dentro de três semanas", comentou Aust.
Podem formar governo?
A AfD classificou os seus resultados como sendo "históricos". Mas, apesar de terem ficado em primeiro lugar na Turíngia, isso não quer dizer que consigam encontrar parceiros para fazer uma coligação.
"Agora vêm as negociações governamentais. Como força mais forte, temos a tarefa, de acordo com o costume parlamentar, de apresentar ofertas adequadas”, disse Stefan Möller em relação aos resultados na Turíngia.
“Resta ver se a política estabelecida e outras forças vão continuar com ideias falhadas ou se estão dispostas a iniciar conversações connosco”, continuou.
Quando foram conhecidos os resultados, juntou-se uma manifestação em frente ao parlamento de Erfurt, a capital do estado da Turíngia.
A participação eleitoral foi muito maior este ano em comparação com as eleições anteriores em 2019. Os resultados puniram a coligação que está no poder, liderada pelo Die Linke, de esquerda.