As despesas escolares estão a aumentar constantemente e, este ano, as famílias italianas gastaram cerca de 7% mais em material escolar do que em 2023.
Cerca de 7 milhões de estudantes do ensino básico e secundário iniciaram o novo ano letivo em Itália e as famílias gastaram uma quantia considerável em material escolar.
As despesas escolares têm vindo a aumentar e, este ano, as famílias italianas gastaram cerca de 7% mais em material escolar do que no ano passado, de acordo com a Federconsumatori, uma associação local sem fins lucrativos que tem por objetivo proteger os cidadãos de perturbações, abusos e fraudes.
Só o preço dos livros aumentou 18% em relação ao ano anterior e, também por esta razão, a compra de livros em segunda mão está a tornar-se uma prática mais comum em muitos lares italianos.
No seu orçamento as famílias também devem considerar outras despesas, como as refeições da cantina escolar, as atividades extracurriculares e as viagens escolares.
Uma análise da Euronews tinha revelado que países com salários mais baixos, como a Itália e a Espanha, pagam mais, em média, pelo equipamento escolar básico, em comparação com as economias europeias mais ricas.
Maria Rosaria di Natale, mãe de dois meninos, em entrevista à Euronews, contou que no arranque às aulas, para ambos os estudantes, teve uma despesa inicial de cerca de 600 euros e sabe que não fica por aqui. “Após algumas semanas do início das aulas, recebemos 2 listas, portanto uma lista para cada criança, onde haverá muito mais material para comprar", conta.
Também para Patrizia o regresso às aulas é um desafio financeiro muito grande. Mãe solteira, com a filha a iniciar o 6.º ano de escolaridade, tem as despesas todas a seu cargo: "Há preocupação, também porque tudo recai sobre mim", desabafa.
Já gastou quase 700 euros, mas devido aos rendimentos mais baixos, vai ser reembolsada em cerca de 300 euros para os manuais escolares.
"Há despesas por causa do ginásio e da escola e haverá viagens escolares. É pesado, mas pode ser enfrentado”, conclui.