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Seis países da UE pedem ação firme contra plataformas como a Shein e a Temu

Funcionários separam as encomendas num tapete rolante num centro de distribuição de um retalhista online.
Funcionários separam as encomendas num tapete rolante num centro de distribuição de um retalhista online. Direitos de autor  Jens Buettner/(c) dpa-Zentralbild
Direitos de autor Jens Buettner/(c) dpa-Zentralbild
De Cynthia Kroet
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Seis países europeus fizeram uma carta conjunta onde apelaram a uma abordagem unificada na aplicação das normas da UE em matéria de comércio eletrónico.

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A Áustria, a Dinamarca, a França, a Alemanha, os Países Baixos e a Polónia apelaram a uma aplicação mais rigorosa da lei contra as plataformas de comércio eletrónico, numa carta conjunta a que a Euronews teve acesso.

O pedido foi feito antes da reunião dos ministros da Competitividade, que se realiza hoje, dia 26 de setembro, em Bruxelas.

Os seis países instam a Comissão Europeia a tomar "todas as medidas necessárias no âmbito das suas competências" para fazer cumprir a Lei dos Serviços Digitais (DSA) contra as Plataformas Online de Muito Grande Dimensão (VLOPS).

A designação dos mercados online Temu e Shein como VLOPS "é um passo significativo" na aplicação das regras, mas "continua a ser crucial aplicar rigorosamente o DSA", diz a carta.

A Temu e a Shein juntaram-se a uma lista de 25 plataformas com mais de 45 milhões de utilizadores mensais na UE, que inclui também a Amazon, o TikTok e a Meta.

A Lei dos Serviços Digitais entrou em vigor em fevereiro de 2024 para todas as plataformas online, introduzindo regras de transparência e obrigações relativamente a produtos ilegais.

A Comissão terá de recolher dados sobre as infrações, em cooperação com os coordenadores nacionais dos serviços digitais, para detetar condutas irregulares e impor sanções eficazes, diz a carta.

"Serão necessários novos passos nas medidas de execução, por exemplo, a digitalização das especificações do produto é crucial para detetar automaticamente as deficiências - como através do passaporte digital do produto", acrescenta.

Nas suas orientações políticas, a Comissão comprometeu-se a reforçar a legislação do comércio eletrónico com base em controlos aduaneiros, fiscais e de segurança eficazes.

No próximo Colégio de Comissários deverá ser a finlandesa Henna Virkkunen a supervisionar a pasta da Tecnologia e o irlandês Michael McGrath, que deverá supervisionar o Estado de Direito, que também tem o comércio eletrónico entre as suas competências.

A Comissão já deu início a vários inquéritos no âmbito da DSA , incluindo um contra a plataforma de comércio eletrónico AliExpress.

Fiscalização do mercado

Os países apelam também a uma maior vigilância do mercado nos Estados-Membros da UE, através do reforço dos poderes de intervenção das autoridades, em especial no que se refere à sua capacidade de agir contra as plataformas de comércio eletrónico.

"Pretendemos reforçar a automatização e a digitalização dos controlos, por exemplo, através de um web-crawler" (rastreador web), escrevem, acrescentando que tal deverá garantir que os consumidores, em particular as crianças, tenham acesso a produtos seguros.

Relativamente às alfândegas da UE, os seis Estados-Membros pretendem que as discussões em curso no domínio do IVA, a implementação do importador presumido e a eliminação da isenção de direitos de 150 euros sejam discutidas com prioridade.

A Alemanha incentiva a Hungria, que preside atualmente às reuniões dos ministros da UE, e a Comissão a avançar com os debates sobre estas propostas.

A sua última prioridade é a proteção de dados, em que o executivo da UE terá de saber mais sobre os dados recolhidos pelas plataformas de comércio eletrónico e sobre a forma como estas utilizam esses dados, diz a carta.

O comércio eletrónico foi acrescentado como ponto extra da ordem de trabalhos pela delegação alemã à reunião de hoje dos ministros.

Os ministros debaterão igualmente o reforço da competitividade europeia e a forma de enfrentar os desafios que se colocam à indústria e às empresas no mercado único.

Além disso, abordarão o relatório do antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi sobre a competitividade.

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