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Setor automóvel pede menos custos e regulamentos durante conversações com Bruxelas

O setor planeia fazer despedimentos na União Europeia.
O setor planeia fazer despedimentos na União Europeia. Direitos de autor  Eckehard Schulz/AP
Direitos de autor Eckehard Schulz/AP
De Arató László & Sertaç Aktan
Publicado a
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As próximas semanas vão ser decisivas para os fabricantes de automóveis. Estes vão estar envolvidos em conversações com a Comissão Europeia, numa tentativa de conseguir uma saída para a crise.

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Menos restrições, burocracias e diminuição dos custos de produção: é esta a fórmula dos fabricantes de automóveis para o setor ser mais competitivo e inovador. Isto numa altura em que a Comissão Europeia lançou um diálogo estratégico com todos os intervenientes na indústria.

“Precisamos de garantir que a Europa como um todo se torna mais competitiva a nível global para poder competir com a China e os EUA”, diz Sigrid de Vries, diretora-geral da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), numa entrevista à Euronews.

“Reduzir os custos de energia e os encargos regulamentares é crucial. Precisamos de agilizar as licenças e remover as barreiras que impedem o progresso, concentrando-nos menos em ditar regras e mais em incentivar o crescimento.”

O setor está a enfrentar uma tempestade perfeita com energia a preços elevados, concorrência feroz por parte dos fabricantes do Oriente e uma transição muito dispendiosa para os automóveis elétricos. Esta situação tem levado os fabricantes a decidir fechar fábricas e despedir trabalhadores.

A nova administração de Donald Trump, em Washington, também vem acrescentar incerteza ao setor, ao ameaçar impor novas tarifas sobre as importações para os Estados Unidos.

Face a este cenário, a Comissão Europeia decidiu lançar um diálogo estratégico. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, diz que a questão fundamental é saber o que falta fazer para libertar o poder inovador das empresas europeias.

A primeira ronda de consultas será seguida de novas discussões. A Comissão Europeia deve depois apresentar um plano de ação a 5 de março.

Mas, mais do que um plano, os fabricantes querem que alguma coisa aconteça.

“Vamos ter um plano de ação dentro de algumas semanas, mas este ainda é apenas um plano. Precisamos de uma ação real”, disse Sigrid de Vries.

“Esperamos que este plano desencadeie medidas concretas para resolver os problemas que enfrentamos.”

Nestas conversações, há muitas questões polémicas em cima de mesa. Uma delas é o compromisso da União Europeia em eliminar a venda de veículos novos com motores de combustão interna até 2035.

Outro tema controverso são as tarifas sobre os carros elétricos fabricados na China. Há várias empresas europeias afetadas porque também produzem na China e compram peças neste país.

Este é um setor crucial para a União Europeia. Emprega cerca de 13 milhões de pessoas em mais de 250 fábricas e produz 15 milhões de veículos por ano, representando 7% para o PIB do bloco europeu.

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