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Alemanha: Verdes opõem-se publicamente à reforma do travão da dívida de Merz

A direção do grupo parlamentar dos Verdes não quer concordar com o pacote financeiro
A direção do grupo parlamentar dos Verdes não quer concordar com o pacote financeiro Direitos de autor  Markus Schreiber/AP
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De Euronews
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O vencedor das eleições e futuro chanceler Friedrich Merz está a contar com os votos dos Verdes para fazer passar no parlamento um fundo especial para as infraestruturas e a defesa.

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Os Verdes não querem aprovar os milhares de milhões de financiamento especial para a defesa e para infraestruturas, por via de alterações constitucionais, acordados entre a CDU/CSU e o SPD. Katharina Dröge, presidente do grupo parlamentar dos Verdes no Bundestag, e Britta Haßelmann, copresidente, explicaram, em Berlim, ter recomendado ao grupo parlamentar que não votasse a favor.

A líder do partido, Franziska Brantner, apelou a uma reforma profunda do travão da dívida. Sendo que os Verdes não estão dispostos a financiar as promessas eleitorais da CDU/CSU e do SPD.

“Na nossa opinião, estas coisas não são adequadas à situação do país”, afirmou a líder do Partido Verde, Katharina Dröge, em reação ao plano de Merz.

Nas conversações exploratórias para a formação de uma coligação, a CDU, a CSU e o SPD concordaram em flexibilizar o travão da dívida para aumentar as despesas com a defesa e em criar um fundo especial de 500 mil milhões de euros financiado pela dívida para infraestruturas.

Qualquer projeto de alteração à Lei Fundamental requer a aprovação por uma maioria de dois terços no Bundestag - Merz está, portanto, dependente dos votos dos Verdes para fazer passar as suas propostas.

Merz, que se tinha pronunciado repetidamente contra a reforma do chamado “travão da dívida” nas vésperas das eleições do mês passado, descreveu a reviravolta na sua posição como crucial para garantir que a Alemanha está preparada para dar resposta às “ameaças à nossa liberdade e à paz no nosso continente”.

Os políticos, tal como os especialistas, tanto elogiaram como criticaram o seu plano, apelidando-o de “bazuca” ou “arriscado”.

Também foi criticado por querer unir o atual parlamento, no qual a CDU, o SPD e os Verdes têm a maioria necessária de dois terços, que perderão quando o novo parlamento for constituído, no final de março.

As reações à rejeição do plano por partes dos Verdes parecem indicar que nem toda a esperança está perdida. Klingbeil disse estar a levar as condições dos Verdes “muito a sério” e que queria conversar com Merz e com os líderes dos Verdes ainda esta noite.

O secretário-geral da CDU, Carsten Linnemann, também anunciou que as negociações com os Verdes terão lugar esta segunda-feira.

As alterações à Lei Fundamental deveriam ter sido discutidas no Parlamento a 13 de março e aprovadas pelo antigo Bundestag a 18 de março. No entanto, para alcançar a maioria de dois terços necessária, a CDU/CSU e o SPD precisam dos votos dos Verdes, sem os quais isso dificilmente será possível.

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