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MNE do Canadá assume liderança do país na guerra comercial com os EUA

Mélanie Joly, Ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá
Mélanie Joly, Ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Shona Murray & Jesse Dimich-Louvet
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A ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, apela à Europa e ao resto do mundo para que sigam o seu exemplo na retaliação às taxas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos, numa entrevista exclusiva à Euronews.

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Com a guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump a desenrolar-se, o Canadá tomou uma posição forte. Em resposta às novas tarifas impostas pelos EUA, o país impôs 60 mil milhões de dólares em contra-tarifas sobre os produtos norte-americanos, enviando uma mensagem forte aos Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva à Euronews, a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, falou sobre o papel do Canadá no conflito comercial em curso, sublinhando a liderança do país na imposição de contra-medidas.

"Temos de nos defender. Não só estamos a liderar o ataque, como somos o país que, nesta altura, mais impôs contra-tarifas aos produtos americanos. Estamos a trabalhar com a UE. Acabei de conversar com o comissário do Comércio, Maroš Šefčovič. Estamos a trabalhar também com os parceiros asiáticos e vamos continuar a exercer a máxima pressão", disse Joly.

Joly, que reiterou que o Canadá continua sendo o maior parceiro comercial dos EUA, expressou confiança de que o público norte-americano discorde das ações do governo Trump. Acredita que a população desempenhará um papel fundamental na resolução do conflito: "A única maneira de o presidente Trump recuar na sua guerra comercial é o próprio povo norte-americano dizer que já chega. São eles que podem criar a pressão política dentro do seu próprio sistema para garantir que isso aconteça", diz.

A ministra salientou igualmente a importância de uma NATO unida, sublinhando que a instabilidade geopolítica poderia exacerbar as tensões mundiais. Alertou para o facto de adversários como a China e a Rússia poderem beneficiar de qualquer divisão entre aliados.

"Temos de lutar pelos nossos próprios interesses, talvez numa guerra comercial, ou garantir que temos uma NATO unida. Porque, em última análise, quem está a ganhar com tudo isto, com a erosão do sistema internacional ou com algumas tensões entre aliados, são os nossos adversários. São a China e a Rússia. Por isso, como diplomata, continuarei a colaborar com o maior número possível de países para manter o mundo o mais seguro possível", concluiu Joly.

À medida que a guerra comercial com os EUA se intensifica, a liderança do Canadá na oposição às tarifas dos EUA e o seu compromisso contínuo com a estabilidade global continuam a ser fundamentais no cenário internacional em mudança.

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