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Trump diz a Putin para "PARAR!" numa rara repreensão após vaga de ataques aéreos a Kiev

Equipas de resgate limpam os escombros após um ataque de mísseis balísticos russos em Kiev, 24 de abril de 2025
Equipas de resgate limpam os escombros após um ataque de mísseis balísticos russos em Kiev, 24 de abril de 2025 Direitos de autor  AP Photo
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De Gavin Blackburn com AP
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A frustração do presidente norte-americano está a aumentar à medida que os esforços liderados pelos Estados Unidos para chegar a um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia registam poucos progressos.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma rara repreensão a Vladimir Putin, instando o líder russo a "PARAR!" após uma uma vaga de ataques mortais à capital ucraniana, Kiev.

"Não estou satisfeito com os ataques russos a KYIV. Não é necessário e o momento é muito mau. Vladimir, pára! Estão a morrer 5000 soldados por semana", afirmou Trump numa publicação na sua plataforma social Truth.

"Vamos fazer o acordo de paz!"

A Rússia atacou Kiev com vários mísseis e drones, numa ofensiva que durou horas, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo outras 90.

Foi o ataque mais mortífero contra a cidade desde julho do ano passado.

A frustração de Trump está a crescer à medida que os esforços liderados pelos Estados Unidos para alcançar um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia fizeram poucos progressos.

Donald Trump no exterior da Casa Branca, 24 de abril de 2025
Donald Trump no exterior da Casa Branca, 24 de abril de 2025 AP Photo

Na quarta-feira, Trump atacou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, acusando-o de prolongar o "campo de morte" ao recusar-se a entregar a Península da Crimeia, ocupada pela Rússia, como parte de um possível acordo de paz.

A Rússia anexou ilegalmente a área à Ucrânia em 2014.

Zelenskyy repetiu muitas vezes, durante a guerra que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022, que o reconhecimento do território ocupado como sendo da Rússia é uma linha vermelha para a Ucrânia.

Zelenskyy disse na quinta-feira que a Ucrânia tinha concordado com uma proposta de cessar-fogo dos EUA há 44 dias como um primeiro passo para uma paz negociada, mas que os ataques de Moscovo tinham continuado.

A crítica de Trump a Putin é notável uma vez que o presidente norte-americano tem dito repetidamente que a Rússia, o agressor no conflito, está mais disposta do que a Ucrânia a chegar a um acordo.

"Pensei que seria mais fácil negociar com Zelenskyy", disse Trump aos repórteres na quarta-feira. "Até agora tem sido mais difícil, mas não há problema. Está tudo bem."

Agentes da polícia ucraniana junto a um edifício danificado após um ataque de mísseis balísticos russos em Kiev, 24 de abril de 2025
Agentes da polícia ucraniana junto a um edifício danificado após um ataque de mísseis balísticos russos em Kiev, 24 de abril de 2025 AP Photo

Nas suas negociações com Zelenskyy e Putin, Trump tem-se concentrado em saber qual dos dois líderes tem influência. Putin tem "as cartas" e Zelenskyy não, disse Trump repetidamente.

Ao mesmo tempo, a nova administração republicana deu passos em direção a uma linha mais cooperativa com Putin, por quem Trump há muito demonstra admiração.

"Não faz ideia da pressão que estou a exercer sobre a Rússia"

Em declarações proferidas, esta quinta-feira, na Sala Oval, junto do primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre - com quem se reuniu para discutir a guerra na Ucrânia, as tarifas americanas e outras questões -, do ministro das Finanças desse país, Jens Stoltenberg, e do secretário de Estado, Marco Rubio, Trump assegurou estar a pressionar a Rússia, tal como tem pressionado a Ucrânia, para que se alcance a paz.

"Não faz ideia da pressão que estou a exercer sobre a Rússia", afirmou, em resposta a um jornalista, tendo assegurado que tal pressão "é muita".

Porém, quando questionado sobre as concessões que estaria a exigir a Vladimir Putin, disse apenas: “Parar a guerra”. Tendo acrescentado aquilo que considera como sendo "uma concessão bastante grande": que o presidente russo cessasse de "tentar controlar o país inteiro".

A Noruega, membro da NATO e forte apoiante da Ucrânia, partilha uma fronteira de cerca de 198 quilómetros com a Rússia.

Gahr Støre disse numa publicação nas redes sociais que iria sublinhar durante as conversações que "o contacto estreito entre a Noruega e os EUA é crucial".

"Temos de contribuir para uma paz duradoura e justa na Ucrânia", afirmou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que Putin deveria "parar de mentir" quando afirma querer a paz e continua a bombardear a Ucrânia.

"Só há uma resposta que esperamos: O presidente Putin concorda com um cessar-fogo incondicional?", questionou Macron durante uma visita a Madagáscar.

O presidente francês acrescentou que "a raiva dos americanos deve concentrar-se apenas numa pessoa: o presidente Putin".

Uma mãe conforta o seu filho na cave de uma escola que está a ser usada como abrigo após um ataque aéreo russo em Kiev, 24 de abril de 2025
Uma mãe conforta o seu filho na cave de uma escola que está a ser usada como abrigo após um ataque aéreo russo em Kiev, 24 de abril de 2025 AP Photo

Durante as conversações em Paris, na semana passada, as autoridades norte-americanas apresentaram uma proposta que incluía permitir que a Rússia mantivesse o controlo do território ucraniano ocupado como parte de um acordo, de acordo com um funcionário europeu familiarizado com o assunto.

Esta questão foi novamente debatida na quarta-feira, durante as conversações com responsáveis norte-americanos, europeus e ucranianos.

"O princípio da integridade territorial da Ucrânia não é algo que possa ser negociado", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine, disse que a França concordou com os comentários de Trump de que a posição da Ucrânia era a culpada pelo prolongamento da guerra, mas os ucranianos mostraram que estão abertos a negociações, enquanto a Rússia continua a atacar.

"Temos a impressão de que são os russos que estão a atrasar as discussões", afirmou.

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