Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Agência da ONU para os refugiados está a ajudar os ucranianos deslocados a ficar perto de casa

Crianças ucranianas durante um protesto diante da embaixada russa em Bucareste, 14 de outubro de 2023.
Crianças ucranianas durante um protesto diante da embaixada russa em Bucareste, 14 de outubro de 2023. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Gavin Blackburn
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

A Rússia intensificou recentemente os ataques contra cidades ucranianas, resultando num maior número de vítimas.

PUBLICIDADE

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 obrigou quase 10 milhões de pessoas a fugir, com cerca de 3,8 milhões de deslocados no país e 5,6 milhões no estrangeiro. Mas a maioria quer ficar perto de casa, de acordo com a agência da ONU para os refugiados.

A guerra entre a Ucrânia e a Rússia continua com "intensidade crescente", pelo que a continuação do apoio internacional ao financiamento de uma resposta humanitária é crucial, disse esta sexta-feira a representante na Ucrânia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Karolina Lindholm Billing.

"De momento, a maioria dos novos deslocados permanece no país e é isso que a maioria das pessoas prefere fazer: ficar o mais perto possível da região de origem", disse Lindholm Billing numa entrevista à agência AP.

A representante do ACNUR na Ucrânia, Karolina Lindholm Billing, durante a Conferência de Recuperação da Ucrânia em Roma, 11 de julho de 2025.
A representante do ACNUR na Ucrânia, Karolina Lindholm Billing, durante a Conferência de Recuperação da Ucrânia em Roma, 11 de julho de 2025. AP Photo

A representante do ACNUR sublinhou que todos os dias a organização e parceiros locais ajudam as pessoas que são vítimas de ataques aéreos, incluindo os recentes ataques a Kiev e Kharkiv.

"As pessoas que saem das zonas da linha da frente precisam de apoio. Mas, ao mesmo tempo, temos de continuar a ajudar a recuperação imediata da Ucrânia, para que as pessoas que querem ficar na Ucrânia possam efetivamente fazê-lo", afirmou Lindholm Billing.

Na quarta Conferência de Recuperação da Ucrânia, que está a decorrer em Roma, os líderes europeus apelaram às empresas privadas para investirem na reconstrução do país, mesmo que a Rússia intensifique a guerra.

Espera-se que a conferência finalize acordos individuais de garantias e subvenções para desbloquear mais de 10 mil milhões de euros em investimentos.

Uma mulher e o filho abrigam-se numa estação de metro durante um ataque russo em Kiev, 10 de julho de 2025.
Uma mulher e o filho abrigam-se numa estação de metro durante um ataque russo em Kiev, 10 de julho de 2025. AP Photo

Entretanto, a Comissão Europeia anunciou a criação do Fundo Europeu para a Reconstrução da Ucrânia, o maior fundo de capital até à data para apoiar o país.

Os países dispostos a fornecer tropas para uma força de estabilização pós-guerra também concordaram em criar um quartel-general em Paris para facilitar um rápido destacamento após o fim da guerra.

A Rússia intensificou recentemente uma série de ataques com drones Shahed de longo alcance a cidades ucranianas. Ataques que, muitas vezes, também incluem mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como poderosas bombas planadoras.

O mês de junho registou o maior número mensal de vítimas civis dos últimos três anos, com 232 pessoas mortas e 1343 feridas.

Bombeiros tentam extinguir um incêndio após um ataque russo em Odessa, 11 de julho de 2025.
Bombeiros tentam extinguir um incêndio após um ataque russo em Odessa, 11 de julho de 2025. AP Photo

A Rússia lançou 10 vezes mais drones e mísseis em junho do que no mesmo mês do ano passado, de acordo com a Missão de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia.

Lindholm Billing disse que o ACNUR está a trabalhar com o governo ucraniano num "plano de resposta ao inverno", que vai incluir assistência em dinheiro para que as famílias vulneráveis comprem lenha, carvão e briquetes para aquecer as casas nas zonas da linha da frente, onde os sistemas de energia estão danificados.

"Temos outro inverno à porta e sabemos que o tempo frio acrescenta mais uma camada de risco para as pessoas. Por isso, é crucial prestar apoio não só aos sistemas energéticos da Ucrânia, mas também às famílias", afirmou.

Outras fontes • AP

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Aliados europeus preparam força de estabilização para a Ucrânia. EUA participaram nas conversações

Líderes europeus discutem futuro da Ucrânia na conferência de Roma

Como a defesa pode ser o fator de mudança no acordo comercial entre UE e Índia