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Líder dos EUA "é um ativo russo": as palavras de Marcelo sobre Trump

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa Direitos de autor  AP Photo
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De Ema Gil Pires
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Em declarações proferidas, na quarta-feira, na Universidade de Verão do PSD, o chefe de Estado português considerou ainda que "a Europa minimizou o senhor Trump e o Trumpismo".

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"O líder máximo da maior superpotência do mundo, objetivamente, é um ativo soviético, ou russo." Foram estas as palavras proferidas, na quarta-feira, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o homólogo norte-americano, Donald Trump, que tem vindo a tentar estabelecer-se como o principal mediador da guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia.

Apesar destes esforços por parte de Washington, o chefe de Estado português considerou – em declarações no âmbito da Universidade de Verão do PSD, uma iniciativa anual destinada aos jovens quadros do partido, transmitidas pela CNN Portugal – que a gestão desta crise, por parte de Trump, não tem sido benéfica para a Ucrânia. "Em termos objetivos, a nova liderança norte-americana tem favorecido, estrategicamente, a Federação Russa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Castelo de Vide.

Exemplo disso, elaborou, é o facto de surgirem, numa base diária, "ameaças terríveis" por parte dos Estados Unidos no sentido da "aplicação de sanções" a Moscovo. Mas sem que, até ao momento, qualquer dessas promessas se tenha concretizado, sob a governação do novo líder norte-americano.

Além disso, segundo noticiou a agência Lusa, o Presidente da República apontou também, referindo-se ainda ao conflito no Leste Europeu, que Donald Trump está a tentar desempenhar o papel de um árbitro que apenas tem intenções de negociar "com uma das equipas", com Kiev e os Estados europeus a precisarem de se "impingir" de modo a terem uma participação efetiva nas últimas negociações.

Mas, na ótica de Marcelo Rebelo de Sousa, tudo isto só tem acontecido porque "a Europa minimizou o senhor Trump e o Trumpismo", bem como a "hipótese de, de repente, haver uma nova balança de poderes", na sequência das últimas eleições nos Estados Unidos.

De recordar que, nas últimas semanas, Donald Trump tem reforçado o seu esforço diplomático no sentido de colocar um ponto final no conflito que dura já há mais de três anos.

Nesse âmbito, convidou o homólogo russo, Vladimir Putin, para uma reunião presencial, no Alasca, após a qual o presidente norte-americano afirmou que as negociações sobre um possível cessar-fogo foram postas de lado de modo a favorecer a possibilidade de estabelecimento de um acordo de paz total, de forma célere.

Mas, tal como reportado anteriormente pela Euronews, tal posição fez crescer as preocupações face às concessões que estariam a ser feitas a Moscovo. Nomeadamente no que toca à eventual cedência, por parte de Kiev, do controlo total sobre as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, mas também sobre a Crimeia, anexada pela Rússia.

No entanto, já depois disso, Donald Trump convidou vários líderes europeus para uma reunião na Casa Branca, que também contou com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e que resultou numa frente unida no que diz respeito às garantias de segurança exigidas por Kiev, com o compromisso da liderança americana.

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