Conclusão é de uma sondagem feita pela Euronews a inquiridos da Alemanha, Espanha, Itália e França
Com todos os estados membros a sofrer consequências da pandemia de covid-19, a União Europeia foi forçada a responder com um plano financeiro sem precedentes para a recuperação económica.
Como resultado, as instituições de Bruxelas estão agora mais envolvidas nas economias nacionais do que nunca. A Euronews, em conjunto com a Redfield e Wilton Strategies, tentou perceber como é que os europeus estão a ver estas mudanças.
Na Alemanha, 34% dos inquiridos têm a opinião de que Bruxelas intervém demasiado na economia nacional, tal como consideram 27% dos italianos.
Em frança, perto de um quarto considera o mesmo. Mas são mais os franceses que acreditam que a União Europeia intervém da forma certa na economia nacional. Em Espanha, igual. Quatro em 10 espanhóis vêem como adequada a interferência de Bruxelas no contexto económico nacional.
Quanto à regras impostas relacionadas com o financiamento. Em França, mais de um terço acha que a União Europeia impôs demasiadas regras económicas, opinião compartilhada por 28% dos alemães.
Os italianos estão divididos sobre o assunto, mas em Espanha 34% dos inquiridos acham que não houve regulamentação financeira suficiente por parte da UE.
Quem gere a economia é uma questão relevante para os europeus. E, sobre quem deve fazer essa gestão, se a União Europeia ou os governos nacionais, os quatro estados-membros inquiridos não têm grandes duvidas.
A maioria diz que os governos nacionais é que devem gerir os apoios financeiros da UE.
Em relação à ideia de implementar uma criptomoeda nacional para afirmar a independência monetária do bloco europeu, as opiniões também não estão divididas, com exceção da Alemanha. E apesar de 45% dos inquiridos franceses não saberem responder à questão, Itália e Espanha apoiam a ideia.
A opinião da relação da União Europeia e os europeus, numa altura em que a Europa se prepara para o que pode ser um caminho longo de recuperação pós-Covid.