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Ponte aérea entre Espanha e Venezuela paralisada

Viajantes aguardam no átrio principal do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, em Maiquetía, Venezuela, em 23 de novembro de 2025,
Viajantes aguardam no átrio principal do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, em Maiquetía, Venezuela, em 23 de novembro de 2025, Direitos de autor  AP
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De Rafael Salido
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A ligação aérea entre Espanha e Venezuela está paralisada depois de as companhias aéreas venezuelanas Estelar e Laser, ambas venezuelanas, e a Air Europa terem anunciado o cancelamento dos seus voos entre os dois países. A tensão crescente entre os dois países deixou centenas de viajantes retidos.

A ligação aérea entre Madrid e Caracas foi interrompida na segunda-feira, após os vários cancelamentos anunciados nos últimos dias por várias companhias aéreas internacionais e venezuelanas.

A decisão, que afeta imediatamente milhares de passageiros, surge num momento de crescente tensão geopolítica, alimentada pela designação do chamado Cartel dos Sóis como grupo terrorista e pelos avisos de Washington sobre a segurança aérea nas Caraíbas.

Na segunda-feira, a companhia aérea espanhola Air Europa anunciou a suspensão dos seus voos para a Venezuela até que "as condições sejam adequadas."

Também hoje, as companhias aéreas Estelar e Laser confirmaram a suspensão e reprogramação das suas rotas entre os dois países, uma decisão que se junta às medidas anteriormente tomadas pela Iberia, TAP, Avianca, Latam, Gol, Caribbean Airlines e Turkish Airlines.

De acordo com a Estelar, os voos da rota Caracas-Madrid-Caracas para os dias 24, 26 e 28 de novembro foram cancelados por "razões operacionais" relacionadas com a sua operadora aérea espanhola, a Iberojet.

A Laser, por sua vez, comunicou via Instagram que iria reprogramar os seus voos entre Caracas e Madrid a partir desta segunda-feira e até quinta-feira, também por "razões operacionais", sem oferecer mais pormenores.

No fim de semana, outras companhias aéreas internacionaisjá tinham adotado medidas semelhantes na sequência do alerta emitido pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).

O aviso da FAA da passada sexta-feira instava os pilotos a terem extrema cautela devido ao "agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar" em torno da Venezuela.

De acordo com a agência norte-americana, estas ameaças podem representar um risco para as aeronaves a todas as altitudes, incluindo aviões que descolam, aterram ou mesmo permanecem no solo.

A presidente da Associação das Companhias Aéreas Venezuelanas (ALAV), Marisela de Loaiza, confirmou que as suspensões afetarão indefinidamente companhias como a TAP, Latam, Avianca, Iberia, Gol e Caribbean, enquanto a Turkish Airlines anunciou no domingo uma suspensão entre 24 e 28 de novembro.

Centenas de viajantes afetados

A situação também causou perturbações noutros países da região. Na Colômbia, cerca de 1 500 passageiros foram afetados pela decisão de companhias aéreas como a Latam e a Avianca de cancelar os voos de Bogotá para Caracas.

A Aeronáutica Civil, empresa estatal, explicou que estas companhias tomaram decisões autónomas para proteger a segurança dos seus passageiros, enquanto outras, como a Satena e a Wingo, mantiveram as suas operações regularmente.

A autoridade colombiana garantiu que tinha reforçado as suas capacidades de vigilância e controlo aéreo e convocou uma reunião com as companhias aéreas e as autoridades regionais para avaliar as medidas de atenuação.

Em Madrid, o aeroporto de Barajas cancelou todos os voos regulares para a Venezuela na segunda-feira, uma medida que afeta especialmente a Iberia, que até agora era responsável por cinco voos semanais.

Com o tráfego aéreo interrompido e centenas de passageiros à procura de alternativas, a crise no espaço aéreo venezuelano já se faz sentir nos terminais de toda a região, evidenciando o impacto crescente das tensões militares e diplomáticas entre Washington e Caracas.

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