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Pessoas com mobilidade reduzida denunciam falta de acessibilidade na rede de transportes de Paris

Pessoas com mobilidade reduzida denunciam falta de acessibilidade na rede de transportes de Paris
Pessoas com mobilidade reduzida denunciam falta de acessibilidade na rede de transportes de Paris Direitos de autor Tom Nouvian/AP
Direitos de autor Tom Nouvian/AP
De  Sophia KhatsenkovaEuronews
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A capital francesa prometeu melhorar a acessibilidade dos transportes públicos, na sequência dos Jogos Paralímpicos de Paris. No entanto, segundo Franck Maille, um antigo atleta paralímpico em cadeira de rodas, pouca coisa mudou.

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Passear pela cidade de Paris é um desafio quando se utiliza uma cadeira de rodas. Apesar da capital francesa ter prometido melhorar a acessibilidade para os Jogos Paralímpicos, a rede de transportes públicos continua a não estar preparada para receber estes passageiros.  

Exemplo disso é a rede de transportes ferroviária, ou RER, onde a maioria das linhas é inacessível para quem viaja de cadeira de rodas.  

“Há um elevador, vamos descer até à receção. E é aí que a autonomia acaba para mim”, explica Franck Maille, antigo atleta paralímpico e representante da associação de deficientes, APF France Handicap . 

Para que Maille possa entrar num destes comboios, tem de esperar que um funcionário da RER o acompanhe e coloque uma rampa especial entre a linha e o transporte. De acordo com antigo atleta paralímpico já aconteceu ser esquecido pelo funcionário que o deveria ajudar, o que fez com que perdesse o comboio.

“É um esgotamento físico e psicológico. Físico porque estamos a percorrer longas distâncias nos corredores. Psicológico porque temos de estar atentos a tudo e a todos. Como a multidão que viste, o trânsito, tudo isso”, explica.  

Metro não é acessível para quem tem mobilidade reduzida

Apesar dos comboios terem algumas falhas, Maille refere que o pior transporte para quem anda de cadeira de rodas é o metro, especialmente por causa da quantidade de pessoas que se aglomera dentro do transporte e à entrada do mesmo. Para além disto, na cidade de Paris apenas uma linha do metro é acessível às pessoas que têm mobilidade reduzida.

Por outro lado, o meio de transporte mais bem preparado, segundo Maille, é o elétrico.

Melhorar a acessibilidade foi uma das principais promessas dos organizadores dos Jogos de Paris, apelidados de “Os Jogos para Todos”. No entanto, várias linhas tiveram de ser desviadas devido à competição, e nem todas as paragens de autocarro estão equipadas com uma rampa.  

A cidade de Paris concorda que é necessário fazer mais em termos de acessibilidade. “Graças aos Jogos, temos agora 1.000 táxis acessíveis a cadeiras de rodas. É um verdadeiro progresso. No entanto, ainda há trabalho a fazer, nomeadamente no metro. Juntamente com outras organizações, fizemos um forte apelo para que o metro se tornasse parcialmente acessível, pois sabemos que a acessibilidade total é praticamente impossível no metro de Paris. No entanto, acredito que podemos trabalhar de uma forma inteligente para criar uma melhor rede territorial para melhorar a acessibilidade do metro”, disse Lamia El Aaraje, vice-presidente da Câmara Municipal de Paris. 

Ativistas como Mille esperam que estes Jogos Paralímpicos funcionem como um catalisador para a criação de uma maior inclusão das 12 milhões de pessoas com deficiência em França. 

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