O ensino da História é, para muitos professores, um verdadeiro desafio, sobretudo, quando se trata de comunidades divididas ou com um passado difícil. Têm de ter cuidado para darem uma perspetiva neutra e apresentar os factos de forma equilibrada. Mas o ensino da História também pode ajudar a construir pontes e a promover a reconciliação.
Polónia: Lições sem fronteiras
Em Wroclaw, na Polónia, a iniciativa Euroclio visa fornecer aos estudantes uma melhor compreensão dos acontecimentos que marcaram a história da cidade. Outrora conhecida como Breslau, nesta cidade alemã cedida à Polónia, pela conferência de Postdam, no final da Segunda Guerra Mundial, inúmeros monumentos recordam-nos o peso da Historia. Uma História que não tem, contudo, o mesmo peso de ambos os lados da fronteira.
A procura do consenso sobre a História do Líbano
Os livros são o principal instrumento de trabalho dos alunos de História. Mas os livros são também, normalmente, uma interpretação pessoal dos factos: outros historiadores podem ter outros pontos de vista.
Isto representa um grande desafio em países divididos, como o Líbano, onde não há livros de História oficialmente aceites. Os libaneses estão divididos, tanto sobre a visão do passado como sobre as perspetivas de futuro. Algo que se repercute no ensino da História.
As lições do genocídio ruandês
Ler pode ser uma forma de aprender a História. Mas os livros não conseguem exprimir completamente o horror de acontecimentos como o genocídio no Ruanda.
No Memorial de Kigali, os ruandeses podem tentar compreender um dos momentos mais negros da história do país. O qual encerra lições vitais para sobreviventes e gerações futuras.