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Arábia Saudita rejeita assento no Conselho de Segurança da ONU

Arábia Saudita rejeita assento no Conselho de Segurança da ONU
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De  Euronews
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A Arábia Saudita recusa entrar no Conselho de Segurança da ONU como membro não permanente, acusando o órgão de levar a cabo uma “política de dois pesos e duas medidas” em relação aos conflitos no Médio Oriente, nomeadamente quanto à Síria e aos territórios palestinianos. Riade recusa ocupar um assento no Conselho de Segurança enquanto este não for reformado e se garantam “os meios para cumprir as suas obrigações e assumir as suas responsabilidades para preservar a paz e a segurança no mundo”.

O comunicado divulgado hoje pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita acusa o Conselho de “impotência” por “permitir que o regime sírio mate o seu povo e use armas químicas à vista do mundo inteiro sem que haja sanções dissuasivas”. A Arábia Saudita lamenta, ainda, que “a questão palestiniana dure há 65 anos sem solução”.

As críticas de Riade

As autoridades sauditas dizem que o Conselho “falhou” na missão de livrar o Médio Oriente de armas de destruição maciça devido à incapacidade de submeter os programas nucleares de todos os países da região às inspeções internacionais » (numa alusão a Israel) e de não se ter oposto “às tentativas de qualquer país da região em se dotar de armas nucleares” (em referência ao Irão). Note-se que a Arábia Saudita, primeiro exportador mundial de petróleo, é um dos pesos pesados do mundo árabe. Constitui o principal apoio à oposição armada ao regime do presidente sírio Bashar Al-Assad e afirma-se como um rival regional de Teerão.

Os novos membros

Pela primeira vez, este país tinha sido eleito, ontem, como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Chade, o Chile, a Nigéria e a Lituânia foram os outros Estados escolhidos para ocupar os assentos não permanentes do Conselho, com os mandatos previstos para começar em janeiro de 2014. A eleição parecia facilitada porque apenas se apresentaram estes cinco candidatos. Porém, organizações de defesa dos direitos humanos manifestaram, de imediato, reservas à eleição de três países, invocando a negação dos direitos das mulheres na Arábia Saudita, a incorporação forçada de crianças no Exército no Chade e os abusos das forças de segurança aliados à incapacidade do Governo da Nigéria em travar os fundamentalistas islâmicos do grupo Boko Haram.

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