Enquanto no norte do Chipre se escolhe o novo presidente, no lado grego da ilha a vida decorre com normalidade. Se nas ruas o clima é de calma, os
Enquanto no norte do Chipre se escolhe o novo presidente, no lado grego da ilha a vida decorre com normalidade.
Se nas ruas o clima é de calma, os analistas políticos olham para o escrutínio com alguma expectativa.
Em Nicósia espera-se que a vitória do independente Mustafa Akinsi sobre o nacionalista e atual líder dos cipriotas turcos, Dervis Eroglu, ajude a acelerar o processo de negociações de reunificação da ilha, suspensas desde outubro, quando a Turquia demonstrou interesse em explorar o gás natural do norte da ilha.
“A questão cipriota tornou-se, repetidamente, num motivo de confrontos geopolíticos, mas desta vez, a recém-descoberta de recursos energéticos, pode tornar-se numa boa oportunidade para que haja importantes concessões de todos”, anseia o comentador político, Kyriakos Pierrides.
As Nações Unidas já se manifestaram e esperam que as negociações recomecem já em maio.
Para os analistas, as conversações serão mais céleres se à mesa com o presidente cipriota grego, Nikos Anastasiades, estiver Mustafa Akinsi.
A analista de política, Rallou Papageorgiou, considera que “os cipriotas gregos sentem que o progresso será lento, caso Anastasiades e Eroglu se sentem, novamente, à mesa de negociações. Mas será diferente se Anastasiades mantiver conversações com Akinsi.”
O escrutínio deste domingo pode ser o início de um processo de reunificação, que se espera desde a invasão turca, em 1974.
O lado cipriota grego está bastante interessado no resultado destas eleições e tem esperança em que a vitória do moderado Akinsi acelere o processo de paz, que foi protelado pelo rival e atual líder cipriota turco, Eroglu.