A Frente Al-Nusra, filial da Al-Qaida na Síria, declarou a intenção de derrubar o regime de Damasco. O grupo é um elemento-chave da coligação
A Frente Al-Nusra, filial da Al-Qaida na Síria, declarou a intenção de derrubar o regime de Damasco.
O grupo é um elemento-chave da coligação insurgente que conquistou, esta quinta-feira, Ariha, a última cidade da província de Idlib, junto à fronteira com a Turquia, que ainda estava nas mãos das forças de Bashar al-Assad.
Numa entrevista difundida pela televisão Al Jazeera, com base no Catar, o líder da Frente Al-Nusra anunciou claramente o objetivo do grupo. Abu Mohamad Al-Golani disse que a “missão é derrubar o regime [de Assad] e todos os seus símbolos e aliados, como o Hezbollah e outros, bem como coordenar o estabelecimento de um sistema governado pela lei islâmica”.
O embaixador da Síria nas Nações Unidas disse que a entrevista viola as resoluções antiterroristas da ONU e acusou o Catar de tentar limpar a imagem da filial da Al-Qaida.
Numa reunião do Conselho de Segurança, Bashar al-Jaafari frisou que “a Al Jazeera transmitiu uma entrevista com o líder de um grupo terrorista […], que anunciou que a Síria será governada pela ‘sharia’” e perguntou se, com isso, “o Catar pode dizer que a Frente al-Nusra é um grupo terrorista moderado”.
Na mesma entrevista, al-Golani precisou que o grupo não tem “por agora” a intenção de “atacar o Ocidente”, mas disse que isso “pode mudar” se, segundo ele, “continuarem a apoiar o regime” de Assad.