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"Quo vadis" Europa?

"Quo vadis" Europa?
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15 anos depois de o euro ter começado a circular, as máquinas ficaram vazias na Grécia e o futuro é uma incógnita complicada de resolver.

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Em 1981, menos de 7 anos após o fim da ditadura dos coronéis, a Grécia entra oficialmente na CEE. É o 10.º “sócio” do clube que, mais de uma década depois, irá fundar a União Europeia, já com Portugal e Espanha como membros. 34 anos depois desse dia 1 de janeiro, o sonho da integração europeia atravessa uma fase de pesadelo.

Anos de austeridade forçada e pouco eficaz provocaram a indignação dos povos, em especial no sul da Europa.

A vitória do Syriza, de Alexis Tsipras, na Grécia, foi o primeiro cartão vermelho a uma classe governante adormecida, incapaz de dar resposta aos anseios das populações e que afundou os países em dívidas, com o apoio do mesmo mundo financeiro que agora quer o dinheiro de volta.

De cofres vazios, a Grécia não pagou, dentro do prazo, perto de 1600 milhões de euros ao FMI. As consequências ainda não são conhecidas e nem sequer há consenso sobre se este é um caso de incumprimento:

“Estou apenas a expor os factos: o programa (de resgate) expira esta noite e a Grécia, segundo a informação que tenho, vai entrar em incumprimento”, afirmou, na terça-feira (30 de junho), o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

“Isso coloca-os em atraso nos pagamentos ao FMI, não necessariamente em incumprimento, mas em atraso. Coloca-os na companhia de países como o Zimbabué”, referia no mesmo dia um analista de mercados.

A verdadeira situação em que está a Grécia só será conhecida através da terminologia que o FMI utilizar na sua reação. Certo é que a organização também não escapa incólume e verá a sua imagem, credibilidade e autoridade serem afetadas.

Mas a Grécia tem mais empréstimos para pagar, nomeadamente ao BCE, e a união monetária, que teve dificuldade para abrir o champanhe quando foi lançada, entrou agora em “águas nunca antes navegadas”, nas palavras do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.

15 anos depois de o euro ter começado a circular, as máquinas ficaram vazias na Grécia e o futuro é uma incógnita complicada de resolver: nenhum mecanismo prevê a saída do euro e ninguém concebe uma saida da Grécia da União Europeia.

Os gregos não têm qualquer intenção de abandonar o barco dos 28 e se alguém os tentar forçar as consequências são imprevisíveis.

Por outro lado, o que fazer com um país que não cumpre com as obrigações assumidas? A situação é extremamente delicada e será necessário muito discernimento e boa vontade política para evitar o caos generalizado neste “velho continente”.

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