Uma marcha para recordar o vigésimo aniversário do pior massacre na Europa desde o final da Segunda Guerra. Milhares de pessoas percorreram, esta
Uma marcha para recordar o vigésimo aniversário do pior massacre na Europa desde o final da Segunda Guerra.
Milhares de pessoas percorreram, esta quarta-feira, os mesmos caminhos utilizados pelos sobreviventes de Srebrenica para escapar às forças sérvias da Bósnia.
Entre os participantes da marcha, Resid Dervisevic, que há duas décadas perdeu o irmão durante uma fuga de vários dias.
“Quero enviar uma mensagem a todos os países do mundo para que condenem os genocídios, independentemente de onde aconteçam e do país que fôr vítima, para que nunca mais se repitam”.
No dia 11 de julho de 1995 as forças sérvias da Bósnia, comandadas pelo general Ratko Mladic, ocupavam o enclave muçulmano, sob o olhar das forças de paz holandesas da ONU.
Em apenas cinco dias cerca de oito mil homens e rapazes eram executadas e enterrados em valas comuns, seguindo um plano idealizado pelo então líder político dos Sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic.
Vinte anos depois, cerca de mil vítimas permanecem desaparecidas.
O aniversário do massacre, assinalado no próximo sábado, vai permitir enterrar mais 136 pessoas entretanto identificadas.
O primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic anunciou ontem que pretende participar, pela primeira vez, nas cerimónias, quando rejeita uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que condena a negação do genocídio.
O texto, que deveria ter sido votado ontem, vai voltar a ser examinado esta quarta-feira, quando a Rússia ameaça utilizar o seu direito de veto para bloquear a resolução.