Advogado da família de Litvinenko: "Putin e a Rússia mataram-no"

Advogado da família de Litvinenko: "Putin e a Rússia mataram-no"
De  Ricardo Figueira com Reuters, AFP
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No inquérito preliminar sobre a morte do ex-espião russo, o advogado da família apontou diretamente o dedo ao presidente Vladimir Putin

A família do antigo espião russo Alexander Litvinenko, morto em Londres em 2006, acusa diretamente a Rússia e o presidente Vladimir Putin de estarem por detrás do assassinato.

O Estado russo ordenou este assassinato. (...) Isso não pode ter acontecido sem a aprovação do presidente Putin.

Isso mesmo foi dito pelo advogado da família, Ben Emmerson, no último dia do inquérito preliminar do tribunal britânico que vai julgar o caso: “Temos a certeza de que o Estado russo ordenou este assassinato e, sem dúvida alguma, isso não pode ter acontecido sem a aprovação do presidente Putin”.

Litvinenko tinha sido um destacado agente dos serviços secretos russos, FSB, antes de se tornar numa voz discordante das políticas de Putin. A viúva, Marina Litvinenko, lembra que tornou públicas informações sensíveis: “Ele lutou para expor a corrupção no FSB, à mais alta escala do poder na Rússia. As ações dele foram entendidas como uma traição e acabou por pagar o preço mais alto”.

Litvinenko morreu no dia 1 de novembro de 2006, depois de uma doença súbita e misteriosa. Soube-se depois que foi envenenado com plutónio.

As autoridades britânicas dizem ter provas para julgar dois suspeitos, alegados operacionais do FSB, um dos quais, Andrei Lugovoy, é agora deputado e foi condecorado por Vladimir Putin.

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