Hungria: refugiados exigem transporte para a Alemanha

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De  Nelson Pereira
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Dezenas de refugiados protestaram no sábado na capital da Hungria, exigindo transporte ferroviário para a Alemanha. Diante da estação de

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Dezenas de refugiados protestaram no sábado na capital da Hungria, exigindo transporte ferroviário para a Alemanha.

Diante da estação de Keleti-Budapeste, concentram-se há vários dias centenas de migrantes, à espera de transporte para a Alemanha. Muitos são sírios. Vêm do médio oriente e atravessaram o Mediterrâneo e os Balcãs.

Chegados à Grécia, deslocaram-se para a Macedónia a caminho da fronteira da Sérvia, para entrarem na Hungria, o primeiro país do espaço Schengen de livre circulação na Europa.

O Gabinete Federal alemão da Imigração e dos Refugiados anunciou no dia 25 de agosto a decisão de suspender o reenvio de refugiados sírios para os países de entrada na União Europeia, medida prevista na Convenção de Dublin que enquadra o tratamento dos pedidos de asilo na União Europeia

Com esta decisão, a Alemanha tornou-se o primeiro país da UE a desvincular-se desta regra.

Os principais objectivos da Convenção são impedir que a mesma pessoa apresente candidaturas em vários estados membros e reduzir o número de requerentes de asilo que são empurrados de um Estado membro para outro. O país de ingresso do refugiado na Europa é o responsável pelo tratamento do pedido.

O ponto fraco deste sistema é que os Estados das zonas fronteiriças, por onde os requerentes de asilo ingressam na UE, são frequentemente menos capazes de lhes oferecer apoio e protecção.

De acordo com a agência europeia de controlo de fronteiras Frontex, entre janeiro e julho deste ano, cerca de 102 mil migrantes entraram na UE a partir da Albânia, Macedónia, Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Kosovo, contra apenas oito mil no mesmo período de 2014.

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