Isabel II: O Reinado mais longo da história britânica

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Isabel II – Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos Seus Outros Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth – foi coroada na

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Isabel II – Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e dos Seus Outros Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth – foi coroada na Abadia de Westminister, a 2 de junho de 1953, aos 25 anos.

Torna-se na monarca com o mais longo reinado da história britânica e ultrapassa em sete meses e dois dias o recorde de 63 anos estabelecido pela tetravó, a rainha Vitória.

Isabel Alexandra Maria Windsor nasceu a 21 de abril de 1926, no número 17 da Bruton Street, em Mayfair, Londres. É a primeira filha do duque e da duquesa de York – que mais tarde receberiam o título de rei Jorge VI e rainha Isabel.

Com o Império Britânico envolvido na segunda grande guerra, viveu a adolescência nestes anos difíceis e saiu com o sentido de dever reforçado.

Expressou o seguinte voto, aos 21 anos: “Declaro perante todos vós que toda a minha vida, seja longa ou curta, será dedicada ao vosso serviço e ao serviço da nossa grande família imperial – à qual todos nós pertencemos.”

A rainha e o marido, o príncipe Filipe têm quatro filhos – sendo o príncipe Carlos o primogénito. Carlos casou-se com Diana em 1981, desde aí, os pilares da família começaram a cair.

Em 1992, o príncipe André separa-se da mulher e a sua filha, a Princesa Ana, divorcia-se do marido. Os tabloides atacam a família com notícias sensacionalistas e há um incêndio no castelo de Windsor. Segundo a rainha, foi um ano para esquecer: “1992 não é um ano para o qual possa olhar com especial prazer. Nas palavras de um dos meus secretários mais queridos: acabou por ser um “annus horribilis”.”

Um ano que viria a piorar: em Dezembro de 1992 Carlos e Diana separam-se e a 31 de agosto de 1997, Diana, a Princesa de Gales morre num acidente de viação em Paris. Os príncipes William e Harry ficam sem mãe.

A rainha Isabel assumiu um papel diplomático mundial e assistiu à chegada e à partida de 12 presidentes norte-americanos, trabalhou com 12 primeiros-ministros britânicos e com uma série de líderes mundiais.

Aos 89 anos, continua o seu reinado, agora também na companhia de dois bisnetos.

A biógrafa real Ingrid Seward autora de um novo livro: “O Discurso da Rainha”, fala sobre a Rainha Isabel II.

Alasdair Sandford, euronews: “As pessoas têm uma certa ideia formada da era vitoriana com a rainha na liderança, como um símbolo poderoso. No seu entender, como é que a rainha actual deixou a sua marca nesta era moderna?

Ingrid Seward: “A rainha atual é um símbolo de unidade, nunca falou sobre os seus pontos de vista políticos, nunca falou sobre os seus pontos de vista pessoais, está acima da política, é alguém que, neste mundo em rápida mudança, podemos ter como exemplo e é uma influência segura.”

Alasdair Sandford: “Observada em todo o mundo, a monarquia britânica destaca-se e desperta uma certa admiração e chama a atenção de muitas pessoas. Porque é que isto acontece? Será que também se deve à própria rainha?”

Ingrid Seward: “Em parte acho que é porque a rainha tem sido chefe de estado durante 63 anos e viu passar uma dúzia de primeiros-ministros, viu guerras, assistiu a tempos turbulentos, viu de tudo. Conheceu ditadores, conheceu pessoas maravilhosas, conheceu toda a gente. É uma mulher que representa a totalidade do Reino Unido.”

Alasdair Sandford: “Menciona que a Rainha sempre colocou o dever acima de si própria. de que forma é que isto acontece?”

Ingrid Seward: “Quando chegou ao trono tinha dois filhos e raramente conseguia vê-los. Literalmente, teve de ser formada para assumir o trono em idade jovem. Sabíamos que o rei estava doente, mas não sabíamos que o rei ia morrer. Teve de assumir o papel do pai e isso significava que já não podia ser mãe – era uma monarca.”

Alasdair Sandford: “Em termos de popularidade, houve, naturalmente, um ponto baixo na altura da morte da princesa Diana. E quanto aos pontos altos – algum que consiga destacar?

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Ingrid Seward: “No final do ano em que Diana morreu, em 1997, a rainha celebrou as bodas de ouro e, apercebeu-se que as pessoas ainda gostavam dela. É muito humilde e pensava que a monarquia estava a passar por um mau momento. Acredito que esse foi um ponto alto, porque surgiu depois um ponto muito baixo. E depois, claro, o jubileu de diamante foi um ponto muito alto e ela ficou extremamente comovida com o carinho que os seus súbditos lhe demonstraram.”

Alasdair Sandford: “Houve muitos escândalos reais, mas a a rainha nunca deslizou, porquê?

Ingrid Seward: “Acho que a rainha nunca teve um deslize porque é extremamente cautelosa, tem cuidado com o que diz e com o que faz… Em privado é uma pessoa diferente, é extremamente engraçada, é uma mulher muito humilde, uma cristã devota, mas é mesmo muito engraçada, com um sentido de humor muito apurado e é também uma grande imitadora e agora começa a deixar-nos ver esse lado. Tem sido sempre ela a manter o sentido de humor na família e tem uma personalidade muito alegre…Olha para o lado bom das coisas, em vez do lado aborrecido da vida”.

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