Drama com migrantes na Bulgária e na Grécia

Um migrante afegão morreu, esta noite, na Bulgária, sob os disparos das forças da ordem na fronteira com a Turquia, quando tentava entrar no país.
O homem fazia parte de um grupo de 50 migrantes, com idades entre os 20 e 30 anos. Um responsável do ministério do Interior búlgaro explica que o grupo resistiu às forças da ordem.
A tragédia ameaça inflamar a já forte contestação à política migratória da União Europeia.
Na capital grega, enquanto decorria a cimeira europeia, centenas de pessoas pediram uma mudança de atitude face aos migrantes.
Uma manifestante defendeu: “Precisamos de abrir as fronteiras, derrubar a barreira em Evros (na fronteira com a Turquia) para criar uma passagem segura para os refugiados da Síria, do Afeganistão, para que atravessem o país e possam ir para onde querem na Europa”.
Horas antes, no porto de Pireu desembarcaram mais 2500 migrantes, que conseguiram chegar nos últimos dias à ilha de Lesbos. Muitos sonham com uma vida na Alemanha.
Mas na costa da ilha grega conta-se mais um drama. Um barco afundou e morreram afogadas pelo menos sete pessoas, incluindo três crianças e um bebé. Há várias pessoas desaparecidas.
Na Hungria, o governo discute, esta sexta-feira, se encerra a fronteira com a Croácia. O governo de Viktor Orban já fechou a passagem com a Sérvia, país para onde está a deportar migrantes que conseguiram entrar no seu território.