Membros da comunidade cigana queimaram viaturas e bloquearam estradas e caminhos de ferro em Moirans porque o tribunal não autorizou a libertação de um menor para que este assistisse ao funeral de doi
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse esta quarta-feira no parlamento que a justiça iria encontrar e julgar os responsáveis pela onda de destruição ocorrida perto de Grenoble na madrugada desta terça-feira “de forma implacável.”
Este tipo de violência como forma de protesto contra uma decisão da justiça é simplesmente intolerável.
“Este tipo de violência como forma de protesto contra uma decisão da justiça é simplesmente intolerável,” acrescentou Valls.
Membros da comunidade cigana queimaram viaturas e bloquearam estradas e caminhos-de-ferro em Moirans, pequena localidade de 8 mil habitantes a cerca de 20 quilómetros de Grenoble, (região de Rhône-Alpes, sudeste).
Tudo porque o tribunal não autorizou a libertação de um menor, também de etnia cigana, para que este assistisse ao funeral de dois familiares.
Ambos tinham morrido num acidente quando fugiam num carro roubado.
A mãe do jovem detido, Adele Vinterstein, disse que a sua família se sente frustrada e desprezada pelas autoridades francesas:
“Foi a única solução que encontrámos para sermos ouvidos e a verdade é que era escusado termos chegado tão longe,” disse Vinterstein.
Esta quarta-feira, o clima em Moirans era ainda de alguma tensão.
Cerca de 200 polícias foram destacados para a região que, segundo as autoridades locais, continua em alerta máximo.