Portugal: Desafios de um governo minoritário

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Foi celebrado como uma vitória, ainda que não absoluta mas rapidamente o resultado das eleições de 4 de outubro mostrou a Passos Coelho e à coligação

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Foi celebrado como uma vitória, ainda que não absoluta mas rapidamente o resultado das eleições de 4 de outubro mostrou a Passos Coelho e à coligação que em política tudo pode mudar de um dia para o outro.
Depois de muitas negociações com a Esquerda e dentro da Esquerda, Cavaco Silva indigitou Passos como primeiro-ministro, aceitou a proposta de um executivo, que toma posse esta sexta-feira, seguindo a tradição democrática em Portugal.

No dia 22 deste mês, o presidente da República explicou que “em 40 anos de democracia em Portugal, a responsabilidade de formar governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições”.

Mas António Costa está disposto a romper com essa tradição. O líder do PS tem uma visão diferente e defende que, mesmo tendo perdido as eleições, tem legitimidade para juntar a Esquerda e com uma maioria no parlamento, governar o país. “É incompreensível que seja nomeado um primeiro-ministro quando o Presidente já sabe que não vai ter condições para obter a maioria no parlamento”, garantiu o secretário-geral socialista, em reação à decisão de Cavaco.

Costa e os aliados podem fazer cair o novo executivo já na votação do programa de governo e do orçamento para o próximo ano. Com a possível queda do governo e sem a possibilidade de realizar novas eleições legislativas antes de junho do próximo ano, a instabilidade política pode arrastar a frágil economia nacional.

A dívida pública chega aos 129% do PIB, em 2014, o défice foi de 7,2% e estima-se que o crescimento económico este ano não deva ultrapassar os 1,6%. Portugal saiu do programa de ajuda externa em maio de 2014 mas os quatro anos de austeridade deixaram marcas profundas: o agravamento das desigualdades e a pobreza parecem estar para durar.
Cerca de 20% da população sobrevive com pouco mais de 400 euros por mês, ou seja, no limiar da pobreza. E o fosso entre ricos e pobres cresce.

Inverter estas tendências e fazer crescer o país são os grandes desafios do próximo governo, ainda que a margem de manobra continua a ser reduzida, caso sejam respeitadas as regras comunitárias.

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